AFP – Um menino mexicano de nove anos morreu tentando cruzar o Rio Grande para entrar ilegalmente nos Estados Unidos, informaram as autoridades que patrulham a área nesta sexta-feira (26), em meio a um debate sobre o aumento do fluxo de migrantes.
Esse menor foi encontrado com uma mulher guatemalteca e um menino de três anos. Todos os três estavam inconscientes, encontrados em uma ilha no rio, em 20 de março.
“Os agentes encontraram os indivíduos e imediatamente tentaram aplicar os primeiros socorros e transportá-los para a terra firme”, relatou o escritório da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). A mulher e a criança de três anos foram reanimados, mas a outra criança morreu.
Esses três migrantes – que não foram identificados – faziam parte de um grupo de mais de 500 pessoas resgatadas de situações de perigo nos últimos cinco meses.
Um alto funcionário da CBP indicou nesta sexta-feira que os números continuam a aumentar e que cerca de 6.000 migrantes sem documentos foram interceptados na quinta-feira tentando entrar no país.
Mas, ao contrário do que acontecia no passado – quando a maioria dos migrantes eram adultos que viajavam sozinhos -, recentemente, quase metade são famílias ou menores desacompanhados.
A grande maioria é devolvida ao território mexicano, mas os menores sozinhos e algumas famílias podem entrar nos Estados Unidos.
Os centros de acolhimento de crianças, tanto os de propriedade da CBP quanto os administrados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), estão superlotados.
Na quarta-feira, o CBP tinha como responsabilidade cuidar de 5.156 menores, e o HHS – que depois tem a tarefa de tentar reunir as crianças com parentes nos Estados Unidos – abrigava 11.900.
Em fevereiro, mais de 9.000 menores desacompanhados – a maioria do México e da América Central – entraram nos Estados Unidos e neste mês os números devem ultrapassar 14.000.