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Manifestações de domingo são adiadas a pedido de Bolsoanro

“Vamos seguir o pedido do governo federal. Decidimos criar uma hashtag no dia 15 e pedir que todos usem camiseta do Brasil”, disse Tomé Abduch, porta voz do movimento Nas Ruas. “É um adiamento, não um cancelamento. Ainda não temos data para a próxima manifestação”, completou Abdouch. Na quinta-feira, 12, Bolsonaro, usando máscara cirúrgica, fez uma live em sua página no Facebook pedindo que as manifestações fossem adiadas em função do risco de contágio do coronavírus.

“O que nós devemos fazer é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão a tanta gente. Uma das ideias é adiar e suspender para daqui um ou dois meses”, disse Bolsonaro. “Eu, como presidente, tenho que tomar uma posição”, afirmou. Em seguida, disse que o ato não era dele e ocorreu de forma “espontânea”.

O presidente compartilhou a convocação por meio de sua conta pessoal no WhatsApp, em uma entrevista coletiva em Roraima. O governo também difundiu as manifestações nas redes sociais da Secretaria de Comunicação. Empresas que fazem o monitoramento das redes sociais já haviam detectado uma queda no engajamento pelas manifestações contra o Congresso e o STF nas redes sociais desde o início da semana.

“A pauta continua bem fraca, restrita aos grupos mais ideológicos. Hoje tentaram uma operação pesada subindo a hashtag #Dia15VaiSerGigante. Alcançou os trending topics (temas mais comentados do Twitter), mas dólar a R$5 e coronavírus atropelaram. Eles não estão com hegemonia sobre a pauta”, disse Pedro Bruzzi, da Arquimedes.

Ao longo do dia, mesmo diante das notícias de aumento exponencial do número de pessoas contaminadas, os movimentos mantinham a intenção de ir para a rua no domingo. A posição só mudou depois da live de Bolsonaro.

Os grupos República de Curitiba e Movimento Direita Digital (MDD) já haviam decidido não participar da manifestação de domingo por causa do risco de contaminação por coronavírus antes do apelo presidencial. O movimento Brasil Nova Atitude (BNA) também acatou o pedido do presidente.

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