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76% dos americanos creditam que o Facebook torna a sociedade muito pior

AP– Os americanos têm uma visão extremamente negativa do papel do Facebook na sociedade, foi com uma pesquisa da CNN publicada na quarta-feira. A pesquisa, conduzida pela SRSS para a rede entre 1 e 4 de novembro, descobriu que 76% dos americanos dizem que o Facebook piora as sociedades ao redor do mundo. A pesquisa foi baseada nas respostas de 1.004 adultos com uma margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Mark Zuckerberg, do Facebook, em audiência no Senado — Foto: Bill Clark/AFP

Os entrevistados foram divididos quase pela metade, no entanto, sobre se a culpa pelos efeitos negativos da plataforma era dos administradores do site ou de seus usuários. 55% disseram que os usuários eram os principais culpados; 45% disseram o contrário, que os administradores da rede social são os principais responsáveis.

Sentimento de desconfiança quanto ao Facebook é compartilhado por diversos americanos

Outra descoberta importante da pesquisa foi que quase metade dos entrevistados disse conhecer alguém, seja um membro da família ou amigo próximo, que foi enganado por uma teoria da conspiração como resultado da exposição às ideias na plataforma do Facebook. Esse número foi maior entre os entrevistados mais jovens, 61% dos quais disseram que alguém próximo a eles havia adotado teorias de conspiração que encontraram no Facebook.

O sentimento de piora na sociedade era compartilhado por americanos de todas as posições políticas, mas especialmente pelos mais identificados com os republicanos. De acordo com a pesquisa, 71% dos republicanos e 58% dos democratas não acreditam que as principais empresas de tecnologia sempre agirão no melhor interesse dos usuários. Pouco mais de um terço de todos os entrevistados dizem que, pelo menos um pouco, confiam que essas empresas farão algo pelo melhor dos usuários.

A percepção sobre o Facebook ocorre em um momento em que a empresa passou por uma mudança de nome nos últimos dias, agora chamando oficialmente sua empresa de “Meta”, mas manteve o nome da plataforma de rede social. O novo nome surge em um momento em que a empresa enfrenta uma série de críticas dos legisladores no Capitólio, da mídia, entre outros, sobre seu papel como um local de desinformação sobre questões políticas que vão desde a eleição de 2020 nos EUA até a pandemia de Covid-19. Problemas semelhantes estão afetando as comunidades da rede em todo o mundo.

Funcionários do Facebook têm defendido repetidamente a imagem da empresa e os esforços para expurgar fornecedores de informações falsas sobre questões políticas acusadas da plataforma, e negou as acusações da denunciante Frances Haugen, alegando que os algoritmos do site encorajam a disseminação de conteúdo divisivo, odioso e falso. Porém, mais da metade dos entrevistados da CNN, 54%, disseram que os algoritmos do Facebook recomendaram conteúdo que consideraram questionável. Esse número foi maior entre os usuários mais jovens.

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