Novo Normal Saúde

Agência Europeia de Medicamentos nega confirmação de vínculo entre vacina e trombose

COM AGENCIAS – A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse que “ainda não chegou a uma conclusão” sobre a relação entre a vacina contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca e os casos de trombose relatados como efeito colateral em alguns países europeus, segundo explicou à Agência Efe uma fonte do órgão regulador, que também afirmou que a investigação sobre esses episódios “ainda está em curso”.

O Comitê de Avaliação de Riscos de Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês) marcou reuniões que devem ser realizadas desta terça-feira (6) e até a próxima sexta (9) para concluir sua investigação sobre os casos de trombose e tromboembolismo, e “assim que terminarem de analisar” todos os relatórios disponíveis, “comunicarão” as conclusões em uma entrevista coletiva.

Entrevista desmentida
A Comissária Europeia de Saúde, Stella Kyriakides, afirmou nesta terça-feira, no Twitter, que a avaliação final está prevista para o final da quarta-feira.

Esta informação contradiz uma declaração do responsável pela estratégia de vacinação da EMA, Marco Cavaleri, ao jornal italiano “Il Messaggero”.

Cavaleri disse que, para ele, “existe uma associação clara (dos trombos) com a vacina”, mas que ainda não se sabe o que causa esta reação, detectada em algumas pessoas vacinadas com o imunizante da AstraZeneca desde que sua utilização foi aprovada na União Europeia, no final de janeiro.

“Agora é cada vez mais difícil dizer que não existe uma relação de causa e efeito entre a vacinação com (o imunizante da) AstraZeneca e casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos atípicos associados a uma baixa contagem de plaquetas”, explicou.

Alemanha e Holanda decidiram proibir o uso da vacina em pessoas com menos de 60 anos de idade, enquanto aguardam as conclusões da EMA.

A agência reguladora reuniu peritos externos de várias especialidades médicas, incluindo hematologistas, neurologistas e epidemiologistas, para discutir aspectos específicos dos casos detectados e identificar fatores de risco adicionais, além de reunir dados para caracterizar os eventos tromboembólicos observados e definir um risco potencial.

Esta revisão, que fará parte do relatório final do PRAC, não identificou nenhum fator de risco específico, como idade, sexo ou histórico médico anterior de distúrbios de coagulação que pudessem explicar estes casos raros de tromboembolismo após a vacinação.

No entanto, a crença de que possa haver algum risco, levou à decisão de prosseguir com as análises dos casos em questão.

Em reunião na última quarta-feira, o PRAC não descartou uma relação de causa e efeito, mas também não encontrou provas claras de uma ligação entre a AstraZeneca e a formação de coágulos de sangue associada a uma baixa contagem de plaquetas.

Por isso, a EMA ainda considera que os benefícios trazidos pela vacina contra a covid-19, uma doença potencialmente fatal, continuam a superar qualquer risco de efeitos colaterais. 

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