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Pazuello diz que negou Pfizer por preço, logística e quantidade

FSP – O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, nesta 4ª feira que negou propostas da Pfizer em 2020 porque o preço era elevado, as questões de logística eram de responsabilidade do Brasil e a quantidade inferior a outros laboratórios com os quais negociava à época.

“A Pfizer trouxe US$ 10, nós estávamos negociando a US$ 3,75, era 3 vezes mais cara. Então eu coloco ao senhores: uma vacina 3 vezes mais cara, com todas as cláusulas que eu coloquei aqui e com quantitativos que eram, ao meu ver, muito inferiores ao que nós estávamos negociando, além das discussões logísticas de 80º negativos e das cláusulas sobre a logística de entrega que eram sobre nossa responsabilidades”, disse o general.

O governo brasileiro recebeu 6 propostas para comprar vacinas da Pfizer contra a covid-19 até fechar contrato com a farmacêutica. O relato foi feito à CPI da Covid no Senado pelo ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo.

Além disso, Pazuello disse que havia a condição da liberação pelo FDA (Food and Drugs Administration), dos EUA, e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a entrega das doses prometidas. O ex-ministro declarou que as negociações com a Pfizer se alongaram até dezembro, quando chegaram a um MOU (Memorando de Entendimentos), uma espécie de pré-contrato.

Ele disse que determinou a assinatura do MOU mesmo com pareceres contrários da CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia-Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União).

“Totalizando 70 milhões de doses. Essa proposta foi, apesar de eu achar de pouquíssima quantidade, nós seguimos em frente. Vamos assinar o memorando, mandamos pra os órgãos de controle a resposta foi :não assessoramos positivamente”. “Não deve ser assinado”. CGU, AGU e TCU. E nós assinamos, mesmo com as orientações contrárias. porque se não assinássemos, a Pfizer não entraria com registro da Anvisa. Foi assinado sobre a assessoria jurídica, em dezembro.”

Mais tarde durante o depoimento, o ministro recuou sobre o parecer do TCU. Ele também foi desmentido pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) que leu em plenário uma decisão contrária a relatada pelo ex-ministro.

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