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Alegando perseguição política no Brasil, Zé Trovão pede refúgio no México

FSP – O caminhoneiro Zé Trovão, um dos líderes da paralisação da semana passada que trouxe pautas antidemocráticas, pediu refúgio no México alegando perseguição política no Brasil, segundo informou sua defesa. Marcos Antônio Pereira Gomes deixou o Brasil mesmo antes de receber uma ordem de prisão, que posteriormente foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No México, ele continuou a organizar os atos do dia 7 de setembro.

Em agosto, Zé Trovão foi alvo de mandados de busca e apreensão por suspeita de articular manifestações antidemocráticas no dia 7 de setembro. Em decorrência da investigação, ficou proibido de usar as redes sociais. Ainda assim, participou de uma transmissão de vídeo feita pelo blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, na qual continuou incitando a realização de atos contra o STF. Por conta disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua prisão, que foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Sobre o caso, o advogado Levi de Andrade, que representa o caminhoneiro, afirmou que, no pedido de refúgio, ele alegou, entre outras coisas, restrições ao direito de opinião no Brasil.

“No pedido foi juntada a busca e apreensão de 20 de agosto, a restrição à opinião que, em qualquer lugar do mundo, não é aceitável. Não existe no nosso ordenamento jurídico o crime de opinião, a censura”, informou o advogado.

Segundo o advogado, Zé Trovão escolheu ir para o México por conta de algumas características que dificultam a extradição. Uma delas é a necessidade de condenação para extraditar. Zé Trovão não foi condenado no Brasil e seu pedido de prisão é provisória.

Atuação de Zé do Trovão na paralisação dos caminhoneiros

Do México, o bolsonarista comandou as ações dos colegas e pediu que seus colegas “fechem tudo” na ultima quinta-feira.

A declaração, feita em vídeo e postada em suas redes sociais, é uma resposta de Zé Trovão ao áudio divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pedindo que os caminhoneiros recuem e coloquem fim à paralisação. O líder do movimento, porém, afirmou que não será assim tão fácil.

“Se como chefe de Estado ele (Bolsonaro) acha que é prejudicial os caminhoneiros continuarem parados, a gente vai abrir um diálogo e voltar a trabalhar. Mas tem que abrir um dialogo. Não é simplesmente mandar um áudio que ninguém sabe se é dele”, declarou à revista Veja.

A paralisação dos caminhoneiros teve início depois das manifestações antidemocráticas lideradas por Bolsonaro no feriado de 7 de setembro. Os líderes do ato dizem apoiar as pautas do presidente, como os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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