Jehozadak Pereira
O enredo da morte de Nathália Paixão a facadas pelas mãos de seu marido Emerson Figueiredo é por demais conhecido. Uma vítima indefesa, um homem alucinado por qualquer razão e o desfecho é mais uma morte violenta de uma mulher, neste caso uma brasileira. A morte de Nathália é a terceira nos últimos meses – Telma Brás em Stoughton no dia 3 de maio e Cleucilene Alves da Silva no dia 31 de maio em Worcester, e agora o de Nathália, no domingo, 28 em Concord, New Hampshire.
A pergunta que se faz é até quando ou quantas mulheres mais terão de morrer nas mãos de homens transtornados que resolvem diferenças com suas mulheres e parceiras na violência e na força bruta? Nas agências e entidades que ajudam e auxiliam mulheres que são vítimas de violência doméstica, as histórias de acumulam aos milhares e é preciso coragem e destemor para buscar ajuda para se livrar do ciclo pernicioso das agressões, da pancadaria, da força bruta e de tudo aquilo que serve para humilhar e diminuir a mulher diante da sociedade.
Milhares de mulheres e também homens, sofrem calados por causa da violência doméstica e do abuso emocional. Religião também não é álibi para evitar violência doméstica, já que tanto Nathália quanto Emerson eram tidos como religiosos e isto não evitou mais uma tragédia.
RECOMENDAÇÕES
Leve a sério todas as ameaças que ex-companheiros, maridos, namorados fi zerem;
Junte provas como mensagens de texto, e-mails e busque orientação legal para gravar ameaças telefônicas;
Busque ajuda se sentir que sua integridade física e emocional estiver ameaçada
Peça às autoridades uma restraining order;
Não se intimide com ameaças e tentativas de agressão; denuncie quem faz isto;
Nunca retalie ou use de força para responder a qualquer agressão física, verbal e/ou psicológica;
Não importa a sua condição ou status imigratório; você têm direitos;
Busque conselho legal sobre como se livrar dos abusos.