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Parentalidade: como criar uma criança saudável?

Eliana Pereira Ignacio – A parentalidade é um conjunto de atividades exercidas por pais, mães e responsáveis com o intuito de desenvolver uma criança em um adulto.

A parentalidade é um termo que se refere ao conjunto de ações de adultos para manter a saúde e a sobrevivência de uma criança. Esse papel está comumente ligado aos pais, mães, tios, tias e avós da criança, pessoas que convivem com ela diariamente e estabelecem vínculos afetivos, Vínculos esses que nos primeiros estágios da vida irão ditar sua educação e respostas sociais.

A parentalidade não é responsabilidade apenas dos pais da criança, e sim de todos os familiares ou indivíduos que tiverem algum tipo de relação com ela. Afinal, a parentalidade está diretamente ligada a reprodução de discursos, crenças e valores de uma geração a outra. Ou seja, todo o núcleo familiar de uma criança é responsável por passar ideais a uma nova geração. Exercer a parentalidade é muito mais do que cuidar de um filho, é manter a preservação de uma espécie e de uma linha de descendentes. Isso porque o ser humano não consegue sobreviver sozinho. Mesmo com habilidade sociais e intelectuais consideradas superiores aos animais, o ser humano não sobrevive sem cuidados básicos e sem afeto e amor, diferente de outras espécies. Ou seja, a parentalidade tem como papel principal manter a sobrevivência da espécie humana na Terra. Prezando pelas crianças, educando-as e fornecendo a base necessária para que elas consigam manter sociedades e a criação de novas gerações.

Como o humano valoriza vínculos sanguíneos e afetivos, a parentalidade é exercida pelas pessoas mais próximas da criança. A parentalidade não é uma ação apenas dos pais, todas as pessoas incluídas no ciclo da criança exercem algum tipo de parentalidade. Isso inclui até mesmo os professores e funcionários presentes na escola da criança. Este grupo de indivíduos também se compromete a prestar cuidado e atenção. Desta forma, o jeito como um avô ou um tio trata a criança ou ensina as coisas da vida a ela também vão ter impacto em seu desenvolvimento. Cada família tem sua formação única, nenhuma é igual.

Por isso, essas crianças podem ser cuidadas pelos pais, pelos avós, pelos tios ou por pessoas próximas que decidiram adotar. O leque de indivíduos que podem assumir um papel de parentalidade na vida de uma criança é diverso. E mesmo que uma ou duas pessoas assumam a responsabilidade principal de criar a criança, não significa que eles devam fazer isto sozinho. Exercer a parentalidade é uma tarefa difícil e requer suporte familiar. Todos os parentes próximos, ou amigos, podem ter papel fundamental na criação de um filho se prestarem apoio aos pais ou responsáveis.

Atos simples como cuidar da criança uma vez ou outra, levar ela pra passear, buscar na escola quando o pai ou mãe não pode, comprar um presente e ajudar em uma tarefa da escola, são exemplos de parentalidade de suporte à família. Qualquer pessoa pode assumir essa função, desde que esteja disposta a participar do desenvolvimento da criança. Assim, sempre prezando pela melhor forma de se criar uma pessoa saudável e feliz.

Mães e parentalidade Muitas vezes, a figura da mulher é colocada como a maior — senão a única — responsável pela criação de um filho. Esta crença acontece pelo estereótipo errôneo de que mulheres nasceram para serem mães. Essa ideia, além de tirar a responsabilidade dos pais, também acaba gerando uma legião de mães solo sem nenhum tipo de amparo maternal.

A parentalidade não deve ser praticada apenas pela figura paterna, o pai tem a obrigação de prestar apoio à sobrevivência do filho. Outros familiares também podem prestar algum tipo de suporte para essas mães. Afinal, tanto elas quanto as crianças sofrem com o abandono da sociedade.

Importância do exercício de uma boa parentalidade

De acordo com uma análise de diversos estudos, publicada pela Science Direct, a parentalidade está ligada a diversos fato res de desenvolvimento de uma criança. Uma criança que cresceu em um cenário bom de parentalidade é menos propensa a ter vícios em drogas, transtornos psicológicos como ansiedade, transtornos alimentares e de sofrer abuso.

“Pai para os órfãos e defensor das viúvas é Deus em sua santa habitação.” Salmos 68:5 Até a próxima semana.

Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualifi cações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnewsusa.com

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