Local Saúde

Campanha ‘Setembro Amarelo’ alerta para importância da prevenção do suicídio

ATENÇÃO – Nos Estados Unidos: Se você ou alguém que você conhece está em crise ou se estiver tendo pensamentos suicida, ligue para a National Suicide Prevention Lifeline em 800-273-8255 ou envie a mensagem de texto HOME para 741741 ou visite SpeakingOfSuicide.com/resources para informações adicionais. No Brasil  – O Centro de Valorização da Vida (CVV), em São Paulo, faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.

Da Redação – O Setembro Amarelo é uma campanha que busca trazer o diálogo e prevenir o suicídio. 90% dos suicídios poderia ser evitado com ajuda psicológica. A maioria deles é causada por doenças mentais que não são tratadas porque muita gente nem sabe que precisa de tratamento. Aproximadamente 60% das pessoas que morrem por suicídio não buscam ajuda.

Suicídio no mundo

Cerca de 800.000 pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo – uma a cada 40 segundos. Um relatório publicado no inicio de Setembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que entre 2016 e 2020, a taxa global caiu 9,8%, com quedas que vão de 19,6% na região do Pacífico Ocidental a 4,2% na região do Sudeste Asiático.

No Brasil, o “Setembro Amarelo” é a campanha que marca o mês dedicado à prevenção ao suicídio. A campanha é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina. Neste ano, o tema é “Agir salva vidas”.

De acordo com as estatísticas do CVV, cerca de 32 pessoas dão fim a própria vida diariamente. O número corresponde a uma morte a cada 45 minutos. O  também informa que para cada suicídio um grupo de até 20 pessoas é impactado diretamente.

Como ajudar alguém
Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a aproximar-se de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso. Outro fator importante a ser lembrado é que, caso a pessoa precise fazer uso de algum medicamento, ele não tem efeito imediato. Por isso, os primeiros 30 dias após uma tentativa de suicídio e o início do tratamento são os que precisam de mais atenção.

É preciso falar sobre suicídio
Apesar dos mitos envolvendo o tema, a prevenção ao suicídio avança. Na década de 1980, um estudo nos EUA afirmava que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que “não podemos falar sobre o assunto”. Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio.

Os especialistas na área alertam que “não é proibido falar, só não podemos falar de forma errada”. É errado ‘glamourizar‘ ou tornar herói quem tirou a própria vida, assim como jamais se deve ensinar ou divulgar técnicas.

Mitos comuns sobre o suicídio

  • ‘Quem fala, não faz’ – Não é verdade. Muitas vezes, a pessoa que diz que vai se matar não quer “chamar a atenção”, mas apenas dar um último sinal para pedir ajuda. Por isso, os especialistas pedem que um aviso de suicídio seja levado a sério.
  • ‘Não se deve perguntar se a pessoa vai se matar’ – É importante, caso a pessoa esteja com sintomas da depressão, ter uma conversa para entender o que se passa e ajudar. Não tocar no assunto só piora a situação.
  • ‘Só os depressivos clássicos se matam’Não é assim. Existe o depressivo mais conhecido, aquele que fica deitado na cama e não consegue levantar. Mas outras reações podem ser previsões de um comportamento suicida, como alta agressividade e nível extremo de impulsividade. Os médicos, inclusive, pedem para a família ficar atenta ao momento em que um depressivo sem tratamento diz estar bem: muitas vezes ele pode já ter decidido se matar e tem o assunto como resolvido.
  • ‘Quando a pessoa tenta uma vez, tenta sempre’ – A maior parte dos pacientes que levam a sério o tratamento com medicamentos e terapia não chegam a tentar se matar uma segunda vez. O importante é buscar a ajuda.

Deixe um comentário

WordPress Ads