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Amor: uma via de mão dupla

Eliana Pereira Ignacio – Olá meus caros leitores, hoje venho levantar uma questão no campo do amor, do sexo e das relações creio que essa discussão seja ampla e complexa. “O amar é uma via de mão dupla ou nem sempre amar é uma via de mão dupla”.
Trago esta questão por acreditar que às vezes a beleza está naquilo que se sente e que se pode transmitir, muito mais do que pode esperar em troca, pode parecer extremamente poético, mas muitos buscam razões para acreditar no que estou verbalizando, muito embora acreditem que na verdade todo mundo quer amar e ser amado na mesma proporção, onde as ações e atitudes demonstrem reciprocidade.

Vejo como um grave problema dos relacionamentos as indagações, a insegurança e o medo. Será que o outro lado deseja tanto quanto eu? Será que sente o mesmo? É difícil responder e entender essas questões. Até porque cada um ama, gosta e até sofre de maneira diferente do outro. O amor é para ser sentido e vivido, então como encontrar a medida entre o que se dá e o que se recebe.

É complicado a sensação de estar recebendo menos que esta dando ou medir o quanto é amado pelo tanto que ganha em troca. Toda relação envolve troca de ideias, afetos e coisas. Há momentos em que a conta é o que menos importa, a matemática é o que menos importa na vida a dois. Não podemos confundir amor com bolsa de valores.

Amor envolve gratuidade mútua. Como alguém pode amar com a sensação de que está sendo explorado? Quem é muito apegado acredita que felicidade é ter alguém disposto a atender a todas as suas demandas. Amar não é levar vantagem. Não é desamor não ter tudo. Não é amor manter a relação na ponta do lápis. Como por exemplo só telefonar depois de contar quantas vezes o outro ligou.

Relação é troca é compartilhar. Na verdade esta é a visão de amor como uma via de mão dupla. Não dá para haver troca quando existe somente um na relação, muitos pensam que podem amar pelo dois, sofrer pelo os dois. Pessoas que se iludem para minimizar a sensação de não suportar viver, caso não possa mais estar ao lado do outro. Infelizmente, muitas pessoas por falta de consciência, auto conhecimento e até mesmo amor próprio, em virtude do medo da solidão desenvolvem relações doentias, ora de dependência ora de abuso para fugir dos rótulos que a mídia tem com relação as pessoas que vivem sozinhas na idade adulta.

Essas pessoas desenvolvem um desespero de resolver esta situação, colocando sua felicidade no relacionamento como se fosse a única alternativa, relações baseadas na dependência afetiva alimentadas por sentimentos negativos como: ciúme, insegurança um medo constante de não corresponder e ser correspondidas as expectativas do relacionamento. Fazendo com que os envolvidos sintam-se cada vez mais insatisfeitos e tristes, experimentado na verdade mais o sofrimento do que a tão desejada felicidade.

A relação vira um inferno o casal passa a medir força tentando ver quem é mais subserviente; acreditando que a felicidade está diretamente relacionada a se ter alguém que se sujeita a atender a todas as demandas. Nesta hora o amor torna-se uma condição e mais uma disputa de quem estará sempre levando vantagem.

O casal passa a sentir a frieza sentem-se desamados matando assim a ideia original de Amor como via de mão dupla. Uma boa sugestão é entender e viver um amor em mão dupla; pois somos aviltados demais fora da vida amorosa. Nossos amores deveriam ser um oásis nesse mundo de competitividade. Amar deveria ser a experiência de viver com toda naturalidade e confiança. Não temos o poder de mudar o mundo.

Temos o poder de transformar a nós mesmos na companhia da pessoa que escolhemos para amar. Portanto deixe que o amor venha a ser o diferencial e o refúgio das dores inevitáveis do cotidiano. Acredito que vale a pena correr os riscos da trajetória da via de mão dupla, o sentimento mútuo virá, é apenas uma questão de tempo. E acredite não há maneira mais fácil para chegar à felicidade do que reconhecer que você merece ser feliz.

Felicidade não é destino e sim um caminho busque o seu !!! A felicidade vem de uma vida de obediência a Deus. Deus quer nosso bem e quando o obedecemos, ele nos abençoa com felicidade… Até a próxima Semana!!

Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualifi cações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnewsusa.com

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