Imigração Internacional

Médicos Sem Fronteiras alertam para crise humanitária na fronteira mexicana

JSNEWS – A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) emitiu um comunicado alertando para deterioração da situação dos imigrantes agravado pelo resultado das contínuas deportações dos Estados Unidos e do “fracasso” das políticas de asilo do México. Para a MSF a situação é insustentável para milhares de imigrantes da América Central retidos no México. A organização também disse que esta intervindo de forma emergencial na fronteira sul do México com a Guatemala e ao norte na cidade fronteiriça de Reynosa.

“A MSF inicia uma intervenção de emergência na cidade de Tapachula, Chiapas, onde cerca de 40.000 pessoas estão encurraladas pelo fracasso do sistema de asilo”, disse a organização não governamental (ONG) num boletim. A ONG explicou que a situação de dezenas de milhares de imigrantes da América Central e do sul do México é de “extrema vulnerabilidade”, devido às contínuas deportações dos Estados Unidos da América (EUA).

Nessa segunda-feira, a MSF enviou uma equipe de emergência para Tapachula (Sul do Mexico), para prestar  assistência médica, psicológica e trabalho social.

Na semana passada, quatro caravanas de imigrantes saíram da cidade do estado de Chiapas com destino ao norte do país, mas foram desfeitas pelas autoridades de controlo migratório, depois de terem andado alguns quilómetros.

A primeira equipe da Ong. Médicos Sem Fronteiras acompanhou uma dessas caravanas durante parte da viagem, prestando assistência medica.

Os imigrantes que estão em Tapachula vêm de diversos países como as Honduras, Guatemala, El Salvador, Venezuela, Haiti ou Cuba, e uma “parte significativa” são mulheres e crianças.

A Médicos Sem Fronteiras também alertou para a exclusão e o estado de abandono de milhares de imigrantes de diversas nacionalidades que estão retidos na cidade fronteiriça de Reynosa, no norte do México. A região está a passando por uma onda migratória sem precedentes e, como consequência disso, os EUA detiveram 212.672 imigrantes ilegais na fronteira com o México, em julho, naquele que é o maior número de detenções dos últimos 20 anos.

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