EUA

Trump é vaiado ao homenagear Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte

Um grupo de manifestantes vaiou o presidente dos Donald Trump, na quinta-feira, 24, durante sua ida à Suprema Corte , em Washington, para homenagear a falecida juíza Ruth Bader Ginsburg. O republicano é criticado por querer nomear o sucessor dela no tribunal a poucas semanas das eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro.

Trump chegou ao tribunal acompanhado pela primeira-dama, Melania, ambos usando máscaras pretas. Ele participou de um ato de um minuto de silêncio, e, alguns minutos depois, já estava de volta à Casa Branca. O presidente foi recebido com vaias e gritos de “votem para tirá-lo” e “honre seu desejo”, em referência ao último pedido de Ginsburg em vida, que, segundo sua neta, era que o próximo juiz da Suprema Corte fosse nomeado apenas pelo presidente eleito neste ano.

“Eu não sei se ela disse isso ou se foi escrito [pelos congressistas democratas] Adam Schiff , [Charles] Schumer e [Nancy] Pelosi… Eu quero dizer, talvez [Ginsburg] pediu isso, talvez não”, disse Trump, descreditando a neta da juíza e supondo que a oposição fabricou esse último pedido. Segundo o Washington Post, é “eminentemente crível” que Ginsburg tenha desejado aquilo pelo seu forte posicionamento político contra o magnata novaiorquino.

Em contraste, em 2016, quando o Senado controlado pelos republicanos impediu que o então presidente Barack Obama nomeasse um juiz para a Suprema Corte, Ginsburg saiu em defesa do democrata. Trump anunciou que nomeará seu candidato para preencher a vaga de Ginsburg antes das eleições, e não deve encontrar dificuldades para formalizá-lo no Senado, ainda dominado pelos republicanos.

“Acho que tudo vai correr muito bem, que vai muito rápido”, disse Trump à Fox Radio na quinta-feira. “Temos cinco mulheres na lista e gosto de todas”, acrescentou o presidente. Ele planeja anunciar a indicação no sábado. Até a morte de Ginsburg, juízes apontados por presidentes republicanos, mais conservadores, compunham uma maioria de cinco a quatro na Suprema Corte, que decide sobre questões da vida americana, como o porte de armas e o direito ao aborto.

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