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Rede ABR sai do ar – Pedido ao FCC é por seis meses

Jehozadak Pereira
A agonia pela qual passava a Rede Abr, desde em março de 2018 quando a direção da emissora destituiu Ilma Paixão e iniciou uma mudança profunda na sua programação, chegou ao fi m na segunda-feira, 14, quando o Langer Broadcasting Group fez um pedido para o Federal Communications Comission (FCC) para retirar do ar a sua rede de emissoras.

Alex Langer

De acordo com uma reportagem do jornal Brazilian Times, “a empresa licenciada retiraria do ar todas as rádios ligadas à Rede Abr para reorganizar suas finanças e depois de uma profunda análise decidirá se vai retornar ao ar. Por isso, o licenciado pede respeitosamente um período silenciosa por seis meses para tentar encontrar novos investidores, modificar as operações, e resolver outros problemas”.

Com a decisão do Langer Broadcasting Group, saem do ar, além da 650 AM, as emissoras 102.1 FM, em Framingham, com retransmissão em West Yarmouth pela WBAS 1240 AM e a R&B “Urban Heat 98.1 FM e1410 WZBR Dedham e 98.1 FM em Medford. A crise da emissora acentuou-se no início de abril, quando os programadores Pastor Edimilson Silva, Eduardo de Oliveira, Pastor Fernando Siqueira, Pastor Geraldo Talhadas, Leandro Luís, Pastor Manoel Oliveira, Marcelo Benevides, Rogério Maria Braga e Sérgio Resende deixaram a grade de programação da emissora por causa de divergências.

A Rede ABR foi num passado recente, um farol que iluminava com informações e orientações críveis uma comunidade que não tinha onde buscar orientação. Milhares de pessoas eram todos os dias abençoados com uma programação de primeira qualidade, apesar de todas as dificuldades que havia e mesmo assim não abriam mão de ouvir seus locutores e programadores.

O ocaso começou no dia em que Ilma Paixão foi defenestrada e Linnette Holder uma das cuidadoras que Alex Langer trouxe da Flórida, passou a dirigir a emissora. Quando assumiu, Linnette pediu relatórios, participou de reuniões e em dado momento chegou a questionar o status imigratório de funcionários. Além disto fez questão de mostrar a todos a sua infl uência e poder sobre Alex Langer, falando muitas vezes em nome dele.

Com isto, quem planejou a retomada das mãos de Ilma Paixão não podia imaginar que pelo caminho havia uma ambiciosa Linnette Holder para comandar tudo e fazer o que bem entende com o destino daquela emissora que já foi um canal de informações e orientação comunitária. Nos dias que se seguiram a retomada da empresa, a Rádio 650 AM viveu um período de incerteza, de intrigas, de idas e vindas e logo os interesses se mostraram claros.

Alex Langer precisa da renda do seu negócio para sua manutenção pessoal e de sua mãe idosa, cuidadores e tratamento médico. Os preços dos horários foram majorados de forma e modo indiscriminado e os clima internos desde então sempre foi o pior possível, pois quem ousasse contestar Linette e seu preposto Myron Mitchel, que não está mais na diretoria da entidade era enquadrado sem apelação.

Semanas atrás circulou na comunidade um documento judicial que autorizava o leilão das instalações da emissora para pagar o Citizen Bank de uma dívida de impostos atrasados. Alex Langer e sua mãe não reunem condições físicas e de saúde para comandar a sua empresa que está sendo extinta a cada dia de maneira vergonhosa e despudorada para horror de todos.

Langer foi aparentemente isolado de tudo e de todos pela atual diretora executiva e ninguém consegue acesso pessoal a ele para relatar-lhe do que se passa com a emissora. Comandar uma rádio da amplitude e dimensão da 650 AM, é coisa para um profissional ou alguém com um mínimo de capacidade e entendimento, o que definitivamente não é o caso da atual diretora geral da emissora, por isso a crise chegou e se instalou definitivamente. O objetivo de Linnette era transformar a 650 AM em uma emissora com programação totalmente evangélica. Ao que parece alguma coisa deu errado…

NOTA DA REPORTAGEM
Não foi possível falar com Alex Langer e Linnette Holder

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