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PF prende homem acusado de homicídio em grupo de deportados dos Estados Unidos

ESTADO – Um homem de 50 anos foi preso pela Polícia Federal (PF) na tarde desta sexta-feira (27) logo após desembarcar de um voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a PF, contra ele havia mandado judicial de prisão preventiva pelo crime de homicídio, expedido pela Comarca de Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

O preso seria membro de uma organização criminosa conhecida como “Irmandade” ou “Família”, que atuava na região há pelo menos 20 anos, e era composta por policiais militares, civis e penais, políticos, empresários e fazendeiros.

De acordo com a PF, a quadrilha era hierarquizada e possuía sofisticada divisão de tarefas, atuando na prática de diversos crimes como extorsão, corrupção ativa e passiva, concussão e homicídios por recompensa. O preso forigo internacional teria contratado a morte de pelo menos duas pessoas e fugido para os EUA em agosto de 2017.

Após exame de corpo de delito, o homem será conduzido para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, onde ficará à disposição do Juízo de Conselheiro Pena. Se condenado, ele poderá cumprir até 30 anos de reclusão.

O cumprimento da ordem de prisão nesta sexta-feira foi possível em razão de uma ação coordenada entre a PF, a Agência de Imigração Americana (ICE) e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Governador Valadares. Esse trabalho possibilitou deter o foragido em Boston, nos EUA, simultaneamente a outras detenções que ocorreram no Brasil, durante a deflagração da Operação “La Famiglia”, em Minas Gerais.

Deportados

Com 44 passageiros, este foi o 12º voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos que desembarcou no aeroporto de Confins desde o ano passado.

O endurecimento das leis de imigração daquele país, o acordo de deportação com o Brasil e as mudanças de procedimentos que dificultam o “cai-cai” fizeram com que o número de brasileiros sem visto barrados no país norte-americano saltasse de 1.500, no ano fiscal de 2018, para 17,9 mil em 2019, conforme dados do Serviço de Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos Estados Unidos.

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