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Menino de 13 anos é morto pela policia de Chicago em suposto confronto armado; prefeita pede nova política de perseguição

JSNEWS A morte de um menino de 13 anos por um policial na cidade de Chicago, em Illinois, nos EUA, levou a prefeita Lori Lightfoot a pedir, nesta segunda-feira, dia 5, que seja criada uma nova política de perseguição a pé. Segundo Departamento de Polícia de Chicago (CPD), o disparo que matou Adam Toledo foi efetuado durante uma operação num beco em Little Village por volta das 2h30 da manhã (horário local) do dia 29 de março. A identidade do policial que atirou não foi revelada. Adam foi baleado no peito.

A polícia informou que, naquela madrugada, perseguia um homem não identificado e Adam, que estaria com uma arma de fogo. A ação ocorreu após serem acionados para uma ocorrência de tiros disparados na área, disse o departamento.

“Tragédias como essas ressaltam a urgência de reformar a política de perseguição a pé do CPD, não amanhã, mas agora”, disse a prefeita durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Enquanto as comunidades em todo o país enfrentam um acerto de contas sobre a violência policial, o incidente renovou os apelos por reformas policiais na terceira maior cidade dos EUA. A polícia de Chicago está sob vigilância intensiva desde 2014, quando um oficial branco atirou e matou um adolescente negro. Mais tarde, ele foi condenado por assassinato de segundo grau.

Um vídeo desse incidente levou a uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA que descobriu que a polícia de Chicago rotineiramente violava os direitos civis das pessoas, usava força excessiva e fazia discriminação racial contra as pessoas.

O vídeo do incidente da última segunda-feira não foi divulgado. A Agência Civil de Responsabilidade Policial (COPA) da cidade, que está investigando, se prepara para divulgar as imagens registradas pelas câmeras de corpo da polícia. A agência descreveu, em nota, seu conteúdo como “um vídeo problemático”.

Lightfoot também prometeu determinar como o adolescente tinha uma arma, dizendo que ela instruiu os policiais a usar DNA, impressão digital e tecnologia de rastreamento para encontrar a pessoa que lhe deu a arma.

Por dias, a polícia não conseguiu identificar Adam. Eles disseram que ele não tinha identificação e que o homem de 21 anos que estava com ele e foi preso deu às autoridades um nome falso, disse o superintendente do Departamento de Polícia de Chicago, David Brown.

A mãe de Adam, Elizabeth Toledo, identificou o corpo do filho no necrotério da cidade na última quarta-feira, acrescentou o superintendente. Uma vaquinha online para o funeral de Adam já arrecadou mais de US$ 50 mil.

De acordo com o portal de notícias “USA Today”, a prefeita disse que conversou brevemente com Elizabeth para lhe oferecer suas condolências e agradeceu por seu “apelo apaixonado pela paz”.

“Não nos esqueçamos de que o filho de uma mãe está morto”, disse Lightfoot. “Irmãos estão sem irmão. E esta comunidade está sofrendo novamente”.

No fim de semana, a família de Adam, que sonhava em se tornar policial, clamou por paz em meio a rumores de que facções criminosas teriam sido instruídas a retaliar atirando em carros de polícia.

“Ninguém tem nada a ganhar incitando a violência”, disse Elizabeth em comunicado divulgado neste domingo, dia 4. “Adam era um menino doce e amoroso. Ele não queria que ninguém mais se machucasse ou morresse em seu nome.”

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