EUA

11 de setembro de 2001; um dia fatídico

Jehozadak Pereira

Os reflexos do atentado de 11 de setembro de 2001, são sentidos até hoje. Uma das consequências foi o considerável aumento do aparato de segurança nos principais aeroportos do mundo, principalmente nos Estados Unidos. Não se embarca nos grandes aeroportos americanos sem que se tire os sapatos, e passe por revistas as vezes minuciosas.

A economia mundial sentiu na pele os reflexos do atentado em 2001, e a sociedade americana passou a ver com olhos cada vez mais desconfiados imigrantes de qualquer lugar do mundo, principalmente os de origem e ascendência árabes e os que professam o islamismo como religião. Neste período tudo se tornou mais difícil do que já era.

A política de imigração sofreu um grave e quase intransponível recrudescimento, principalmente por causa da má vontade crônica do parlamento americano, em especial dos republicanos. Antes do 11 de setembro de 2001, o terrorismo era uma arma letal usada para fins políticos, e depois disto passou a ser utilizada como fator religioso, ou seja, na visão de bin Laden e seus fanáticos, quem for um “infiel” – aquele que não professa o islamismo deve morrer, de preferência explodido por alguma bomba.

Para os executores e operadores dos atos terroristas é uma glória tornar-se um mártir, sendo que os mentores estarão em prudente segurança pois lhes cabe o tétrico papel de açular os pobres diabos que morrerão ao se explodir juntos com suas vítimas inocentes. As razões do fanatismo religioso supostamente são muitas. Uma delas é a batida desculpa de que o imperialismo está decadente e tem que acabar definitivamente.

Outra, é a opressão que as nações árabes teoricamente sofrem do Ocidente, e fi nalmente entre tantas, a existência do estado de Israel e a ocupação da Palestina. A razão de ser de dez entre dez grupos radicais islâmicos é a aniquilação total do estado judeu, que é protegido pelos Estados Unidos. Hoje, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo, pois povos do mundo inteiro aderem à religião como forma de vida.

Com isto a proliferação de fanáticos que são treinados nas madrassas – escolas onde se ensinam os dogmas da religião, e catequizados para impor ao mundo os preceitos do islamismo, mesmo que a força. Quando a então União Soviética invadiu o Afeganistão no final dos anos 70, muitos árabes se juntaram às tropas afegãs e lutaram pelo ideal de libertação do solo islâmico que era vilipendiado pelos inimigos.

Entre os lutadores estava Osama bin Laden, que ajudou a expulsar os soviéticos e a partir daí se tornou um mujaedin – guerreiro e transformou o conflito de idéias numa jihad – guerra santa contra o ocidente. A cada 11 de setembro, o mundo se acostumou a ver vídeos de Osama bin Laden tripudiando em cima dos americanos.

As novidades destes vídeos podiam ser a barba pintada ou um estilo de roupas diferente dos anos anteriores, lembrando funestamente dos terroristas que morreram e mataram milhares de pessoas que nada tinham a ver com as idéias e os ideais alucinados de bin Laden e sua quadrilha de assassinos frios e fanáticos.

O que consola muita gente é que bin Laden que vivia recluso com a sua cúpula, sabia que no dia em que colocasse o nariz para fora da toca onde se escondia a sua vida não valeria um tostão furado. A caçada durou 10 anos e o comando militar americano foi implacável e a ordem para matá-lo foi cumprida a risca, sem dar a ele qualquer chance de reação, exatamente como aconteceu com as vítimas do 11 de setembro de 2001. As contas com bin Laden foram devidamente acertadas, mas os reflexos e a dor provocada pelo atentado durarão por muitos anos…

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