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Especialista da polícia dos EUA diz que agente usou ‘força letal’ inadequada contra Floyd

AFP – O policial acusado de assassinar George Floyd no ano passado usou uma “força letal” inadequada quando se ajoelhou sobre seu pescoço por mais de nove minutos, disse um especialista nesta quarta-feira (7) no tribunal onde está sendo realizado o julgamento em Minneapolis, no estado americano de Minnesota.

Jody Stiger, especialista em uso da força que testemunhou para a acusação, foi questionado durante o julgamento contra Derek Chauvin, o agente branco visto em uma filmagem ajoelhado no pescoço de Floyd, um homem negro.

Stiger afirmou que as ações de Chauvin, exibidas em vídeo durante o interrogatório, representaram uma “força letal” porque Floyd “estava deitado de bruços”. Além disso, “a pressão causada pelo peso corporal [de Chauvin] podia causar asfixia posicional, que pode levar à morte”, explicou ele.

As imagens da prisão de Floyd, que resultou em sua morte em 25 de maio de 2020, geraram protestos contra a injustiça racial e a brutalidade policial nos Estados Unidos e em todo o mundo. Floyd foi preso sob suspeita de usar uma nota falsa de 20 dólares em uma loja.

Ao ser questionado sobre quanta força seria razoável aplicar depois que Floyd estava deitado, algemado e sem resistir, Stiger, um policial de Los Angeles, disse: “Minha opinião é que ele não deveria ter usado a força uma vez que [Floyd] estava naquela posição.”

“Um policial só pode usar um nível de força proporcional à gravidade do crime ou ao nível de resistência”, declarou.

Os promotores procuram provar que a morte de Floyd ocorreu devido à asfixia, enquanto a defesa de Chauvin afirma que as drogas ilegais no corpo do homem foram a causa.

Na terça-feira, Johnny Mercil, coordenador do uso da força na polícia de Minneapolis, indicou que ajoelhar-se no pescoço de Floyd como fez Chauvin não era um procedimento autorizado.

Chauvin, de 45 anos, foi demitido da polícia após o incidente e se declarou inocente das acusações de assassinato e homicídio culposo.

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