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Com honra e homenagens, Nilcea Franco é sepultada

Por : Jehozadak Pereira (anoticiausa.com) – Em uma comoção poucas vezes vista na comunidade brasileira em New England, a morte de Nilcea Franco foi lamentada desde que foi anunciado o seu falecimento na quinta-feira, 17. Centenas de postagens e homenagens nas redes sociais foram feitas para Nilcea, que foi secretária e funcionária exemplar do Consulado-Geral do Brasil em Boston desde 2005, lembrando do seu carinho, atenção e sobretudo do carisma pessoal no trato com todos.

Nilcea Franco lutava contra um câncer de ovário, desde que fora diagnosticada em 2018 e mesmo doente, trabalhou com todas as dificuldades. O velório, a missa de corpo presente que aconteceu na Saint Anthony’s Church em Everett, celebrada pelo padre Adriano Tezone e o sepultamento no Holy Cross Cemetery em Malden, teve a participação de familiares, amigos e autoridades que foram prestar uma última homenagem para Nilcea.

Em honra a Nilcea Franco, o embaixador Benedicto Fonseca Filho, Cônsul-Geral do Brasil em Boston, determinou o fechamento do Consulado na quarta-feira, para que todos os funcionários pudessem despedir-se dela.

Uma das muitas homenagens foi de Victoria, filha de Nilcea que escreveu: “Perder alguém é um paradoxo. A minha mãe está morta. Eu não estou. Estou plenamente ciente de cada segundo que passa. Hora e datas não tem sentido. Minha mãe adorava a cor amarela, não ficção e extraterrestres. Adoro a cor rosa, ficção e estórias de vampiros. Falo dela no passado. Falo de mim no presente. Ela me viu fazer tantas coisas. Ele me viu fazer nada. Sinto-me melhor do que esperava, mas também pior. Um dia vou comer em restaurantes, conhecer pessoas e ouvir músicas que ela morreu sem saber que existiam. Quem me dera poder congelar-me para nunca ter de ser alguém que a minha mãe nunca conheceu. Preparei-me para esse dia desde que ela foi diagnosticada com câncer em estágio IV há três anos. Não preparei nada. Estou feliz que a dor dela tenha acabado. Gostaria que que ela estivesse sofrendo, porque sentir algo significa que ainda estas vivo. Nenhum dos clichês são verdadeiros, e realmente o que mais há para dizer além de ‘eu te amo mãe’, é obrigada por me deixar ser sua filha. *27 de setembro de 1956 + 17 de fevereiro de 2022”.

Foto da capa: Alex Colombini/JS News

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