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Laudo definitivo da morte de Paulinha Abelha descarta relação com uso de medicamentos

EXTRA – A família de Paulinha Abelha, da banda de forró Calcinha Preta, divulgou nesta quinta-feira o laudo de um médico contratado para analisar as causas da morte da cantora, que aconteceu no dia 23 de fevereiro.

A principal hipótese de que as complicações renais, hepáticas e neurológicas foram desencadeadas por medicamentos para emagrecer foram descartadas por Nelson Bruni Cabral de Freitas, que assina o parecer. Para o clínico geral e legista, “o óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa”.

Baseado nos prontuários e laudos dos hospitais onde Paulinha esteve internada, Nelson escreveu que as lesões no fígado de Paulinha não tiveram relação com “os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro (da médica nutróloga Paula Cavallaro, que acompanha a cantora) e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera)”. O médico reiterou que não houve conduta inadequada por parte dos cuidadores da líder do Calcinha Preta.

A ideia do viúvo, o cantor Clevinho Santos, que estava casa com Paulinha há quatro anos, era entender como ela desenvolveu tão rapidamente complicações renais, hepáticas e neurológicas.

Abaixo, a íntegra do documento médico:

“O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana. De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMEDe Primavera). Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico. Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito. O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa. São Paulo/SP, 31 de março de 2022. Dr. Nelson Bruni C. F”.

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