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Crônicas do dia a dia – Dor de ouvido

Por: Edel Holz
última vez que tive dor de ouvido na minha v id a  foi em Poços de Caldas, passando as férias de julho na casa dos meus avós paternos, comendo a deliciosa comidinha da Benedita. Tive o ouvido perfurado por causa da inamação, me causando uma perda de audição do lado esquerdo.

Isso foi há muito tempo…Eu devia ter 7 anos de idade. Havia esquecido a dor. Até ontem de madrugada, quando meu ouvido direito não me deixou dormir. Uma dor aguda, insistente, seguida de “pops and pops”.
Eu estava me sentindo o próprio milho sendo arrebentado dentro da panela quente de óleo e sal.

A dor do parto, a gente sabe que vai acabar quando a criança nasce. Mas as outras dores nao.1:30 da manhã, peguei meu carro e fui pra emergência do Cambridge Hospital. Procurei por essas bandas uma farmácia 24 horas. Só uminha. E nada de encontrar.
Depois soube que na Porter Square e em Boston tem farmácia de plantão.

No hospital, me deram um remédio tão forte, que nem sei onde a dor foi parar. Fiquei bambinha na manhã seguinte e dormi o dia inteiro.

Nessas horas, me dá uma saudade da mordomia brasileira…Se isso me acontecesse no Brasil, o remédio viria ate a mim de moto-taxi e com tudo o que se tem direito.

Operei do ouvido esquerdo um tempo atrás e descobri o tanto que o ouvido é responsável pelo equilíbrio do corpo. Quando preciso limpar a cera do ouvido operado, fico tonta, tenho vontade de vomitar e nunca mais volto naquele hospital.

Ninguém merece dor de ouvido…Aliás… Ninguém merece nenhum tipo de dor.

SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos as boas vinda à poderosa e de mente efervescente Edel.

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