Brasil

Geraldo Alckmin é indiciado por corrupção, lavagem de dinheiro e caixa dois

A Polícia Federal indiciou na quinta-feira, 16, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o ex- -assessor da Secretaria de Planejamento do tucano, Sebastião Eduardo Alves de Castro e o ex-tesoureiro de campanha Marcos Monteiro por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

As investigações foram conduzidas pela Lava Jato a partir de delações do grupo Odebrecht. Além das colaborações, a PF obteve documentos, cópia do sistema de informática da empreiteira, análise de extratos telefônicos e conversas por Skype e ligações que indicariam a prática de cartel no Metrô de São Paulo e no Rodoanel, além de oitivas de testemunhas.

O relatório de indiciamento de Alckmin foi enviado ao Ministério Público Eleitoral, a quem caberá oferecer eventual denúncia contra o ex-governador e os outros dois citados na investigação. Em nota, a defesa classificou como ‘injustificável’ e ‘precipitado’ o indiciamento do tucano.

“O ex-governador sequer foi chamado a prestar esclarecimentos que poderiam ter evitado o seu indevido e imerecido indiciamento”, afirmam os advogados Marcelo Martins de Oliveira e José Eduardo Rangel de Alckmin.

As investigações foram abertas após a delação de três executivos da Odebrecht, que apresentaram planilhas que apontavam pagamentos de R$ 2 milhões em 2010 para o codinome “Belém”, em referência a Adhemar Ribeiro, e R$ 8,3 milhões em 2014 para o codinome “M&M” – referência de Marcos Monteiro, que teria sido o interlocutor de Alckmin para os repasses à campanha eleitoral.

Nas planilhas, além do codinome M&M, há registro das datas de entrega, senhas usadas para o recebimento dos valores e referências às obras Linhas 6 do Metrô e Emissário Praia Grande relacionados aos pagamentos. Segundo Benjamin Júnior, o propósito dos repasses ‘era a proeminência de Geraldo Alckmin no cenário nacional, a sua liderança e de seu partido no Estado de São Paulo’.

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