Brasil

Famílias Falsas: PF investiga aluguel de crianças para garantir a entrada pela fronteira dos USA

Da redação – Nesta sexta-feira (24), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em uma casa do município de Fundão no estado do Espirito Santo.
No local, foram encontradas dez pessoas, quatro menores de idade, em condições precárias. Para o delegado Ivo Roberto Costa, da equipe de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, o imóvel estava alugado para uma organização criminosa há cerca de 3 meses e era utilizada como ponto de espera, onde as pessoas que entrariam ilegalmente nos EUA ficavam aguardando a emissão de documentos e passagens.

Foram encontrados indícios de que a prática do aluguel de crianças para criar “falsas famílias” uma vez que os Estados Unidos são mais tolerantes no processo de deportação envolvendo famílias garantindo assim um tempo maior de permanência desses imigrantes em solo americano.

Todo o processo chegavam a custar 30 mil dólares por pessoa.

O delegado disse que os “coiotes“, como são chamados aqueles que organizam a entrada ilegal de pessoas nos EUA pela fronteira com o México, faziam uma espécie de aluguel de crianças. Para isso, os verdadeiros pais eram pagos e os documentos eram fraudados.

Em entrevista TV Gazeta, o delegado disse que os traficantes sabem que a imigração dos Estados Unidos é mais complacente com famílias. “Os coiotes têm essa informação de que, para famílias, o procedimento legal nos Estados Unidos para deportação é um pouco mais complicado, o que, a princípio, daria a eles uma oportunidade de permanecer em solo americano”.

“Em razão disso, eles tentam criar famílias fraudulentas. Eles emprestam crianças para pessoas que, na verdade, não são os verdadeiros genitores, falsificam a documentação e fazem com que essas pessoas viajem juntas e ingressem em território americano como uma verdadeira família”. Se eles conseguirem chegar em território americano, esse suposto pai ou mãe ingressa com essa criança e, depois de algumas semanas, o verdadeiro genitor ou alguém a mando dele viaja até os Estados Unidos e regressa com a criança para território brasileiro.”

“De fato, na data de hoje (24), durante as entrevistas realizadas pela equipe da Polícia Federal, um dos adultos colocou em dúvida a paternidade de uma das crianças que constavam na reserva da sua viagem. É um indicativo de que a gente possa estar diante de um desses casos”, acrescentou.

As informações são da Tv Gazeta do ES

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