Brasil

Em discurso, Bolsonaro diz que forças armadas ‘permitem’ a democracia

O presidente fez um rápido discurso na cerimônia no 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, na Fortaleza de São José da Ilha de Cobras, no centro do Rio de Janeiro. Ele descreveu sua vitória nas eleições do ano passado como uma missão.

“A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer”, afirmou.

O presidente discursou por pouco mais de quatro minutos e não atendeu a imprensa após o evento. “A situação em que o Brasil chegou é prova inconteste de que o povo, em sua grande maioria, quer respeito, quer ordem, quer progresso”, afirmou naquele dia. A fala de Bolsonaro motivou críticas de opositores. Derrotado nas últimas eleições, Fernando Haddad (PT) cobrou uma explicação.

“Infelizmente, o presidente não atendeu a imprensa para explicar o raciocínio”, escreveu no Twitter. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que a frase de Bolsonaro foi mal interpretada. “[O presidente] está sendo mal interpretado. O presidente falou que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com democracia e liberdade esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela”, disse.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse à TV Globo não ter visto polêmica na declaração de Bolsonaro. “Não achei polêmica. Não vejo nada demais na declaração. Ele estava fazendo um discurso para comemoração dos 111 anos do corpo de fuzileiros navais e ele falou o que todo mundo sabe: as Forças Armadas são o baluarte da democracia e da liberdade. Historicamente, em todos os países do mundo”, afirmou.

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