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Cratera em obra do metrô na Marginal Tietê foi causada por ‘tatuzão’, dizem bombeiros

FOLHAPRESS – A cratera aberta na Marginal Tietê durante as obras de um túnel da Linha 6-Laranja, do Metrô de São Paulo, foi provocada pelo ‘tatuzão‘, como é popularmente chamada a máquina tuneladora.

Uma enorme porção de terra cedeu para dentro da obra, levando um trecho da Marginal Tietê na região do Piqueri, na Zona Norte da capital, na manhã desta terça-feira (1), por volta das 9h. Partes do asfalto continuam lentamente cedendo e uma caixa d’água que estava no local já foi engolida pela cratera.

As pistas sentido rodovia Ayrton Senna da Marginal Tietê estão interditadas. E três faixas da Marginal estão em risco de serem prejudicadas.


Segundo análise preliminar do Corpo de Bombeiros, o acidente foi provocado por um erro na escavação do ‘tatuzão’, que teria atingido uma adutora de esgoto no local e inundou um túnel escavado. A princípio, havia dúvida se o leito do Rio Tietê teria sido danificado, mas essa possibilidade foi afastada após uma análise de técnicos do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

“Houve um rompimento da galera (de esgoto) e o solo não aguentou. A tuneladora passava a 3 metros dessa galeria, portanto não houve um impacto da tuneladora com a galeria”, informou o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli.

Segundo os Bombeiros, ao menos dois trabalhadores tiveram de ser socorridos após terem tido contato com a água. Todos os funcionários conseguiram sair da obra em segurança. O porta-voz dos Bombeiros, capitão André Elias, informou que mergulhadores foram acionados em busca de possíveis vítimas.

O governador João Doria (PSDB), se manifestou por rede social sobre o acidente, no fim da manhã desta terça.

“Determinei a imediata apuração das causas e elaboração de plano da concessionária responsável pela obra, junto à prefeitura da capital, para a normalização do tráfego da marginal [Tietê] rapidamente. E que as obras possam ser reiniciadas com segurança, o mais breve possível”, disse.

Vídeos em redes sociais mostram a cratera alagada após o incidente desta manhã.

Em janeiro de 2007, sete pessoas morreram quando uma cratera se abriu em um canteiro na Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela. Na ocasião, o desmoronamento nas obras realizadas na Marginal Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista, abriu um buraco de 80 metros de diâmetro no asfalto, carros, maquinário e caminhões foram engolidos pela cratera e 79 casas foram interditadas.

Segundo veículos de imprensa da época, as vítimas fatais eram um motorista de caminhão que trabalhava na obra, o motorista, o cobrador e dois passageiros de um micro-ônibus que passava pelo local e dois pedestres.

Quase 10 anos após o ocorrido, em 2016, a Justiça inocentou 14 pessoas acusadas de responsabilidade no desabamento.

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