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USCIS inicia retirada cidadanias obtidas ilegalmente

As autoridades de imigração ordenaram o início do processo para retirar cerca de 1.600 cidadanias obtidas ilegalmente, de acordo com um memorando escrito pelo Escritório de Serviços de Cidadania e Imigração (USCIS, na sigla em inglês) em resposta a um pedido envia- do pelo escritório de advocacia Matthew Hopoock por meio do Public Information Act (FOIA).
O relatório descreve o processo usado pelo USCIS para determinar o número de casos investigados, as causas e os processos de desnaturalização que foram iniciados. De acordo com o documento, o USCIS analisou as impressões digitais de cerca de 148.000 arquivos e determinou que aproximadamente 2.000 casos de cidadania foram obtidos ilegalmente.

O documento afirma que o problema das naturalizações suspeitas foi constatado em 2016, quando o Registro de Impressões Digitais Históricas (HFE) recomendou que o Escritório de Imigração e Alfândega (ICE) “concluísse a análise de 148.000 processos de estrangeiros (arquivos A) e fazer o upload para o banco de dados do IDENT de todas as impressões digitais de pessoas que tiveram ordens definitivas de deportação ou antecedentes criminais, e também se eram fugitivos”.

Um relatório do Inspetor Geral do Departamento de Segurança Interna (IGDHS) datado de 8 de setembro de 2016 recomendou que o USCIS estabelecesse um plano para “avaliar a elegibilidade de cada cidadão naturalizado cujo registro de impressão digital revela uma ordem de deportação e remoção sob uma identidade diferente”.
O USCIS disse que revi- sou manualmente cerca de 2.000 casos de naturalização e descobriu que, depois que

as impressões digitais foram inseridas no sistema, cerca de 1.600 desses arquivos cor- respondiam a indivíduos que haviam sido naturalizados e anteriormente “receberam uma ordem de deportação com uma identidade diferente” ou foram deportados.
“A grande maioria desses casos envolveu pessoas que ocultaram informações e obtiveram a naturalização ilegalmente”, acrescentou o relatório.
Em 19 de setembro de 2017, o então procurador-geral Jeff Sessions ativou uma operação que colocou cerca de 315.000 cidadãos sob suspeita de naturalização. Depois disso, foi determinado que as impressões digitais desses casos não existiam no banco de dados central.

O memorando explica que, nos casos em que se constata que o indivíduo obteve a cidadania ilegalmente, a informação é enviada para a Unidade de Operações (FOD) de Los Angeles, escritório criado para iniciar processos de desnaturalização. Essa entidade, então, apresenta os casos ao Departamento de Justiça (DOJ).

Segundo o USCIS, as de- terminações estão sendo fei- tas “caso a caso, com base na análise de fatores agravantes e atenuantes, que então definirão” a conveniência e os termos de qualquer acordo ou base que seja usada para a desnaturalização.
As autoridades suspeitam que algumas dessas centenas de milhares de casos podem estar relacionados a processos feitos com a in- tenção explícita de evitar a revelação de antecedentes criminais que teriam impedi- do tais cidadanias.
Aqueles que perdem a cidadania voltam ao status de residência permanente, o que permite a deportação ou restrição de entrada dos EUA no caso de crimes graves.
Com informações da Univision e da Gazeta News.

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