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Norte americanos vão gastar em media mais de US$ 2.000 com gasolina em 2022, diz consultoria

JSNEWS – O preço médio da gasolina nos Estados Unidos atingiu um novo recorde  nessa segunda-feira devido as incertezas do setor e petrolífero em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, no mesmo momento em que as famílias americanas enfrentam uma escalada inflacionaria e uma paralisia econômica ocasionada pela pandemia. Em meio a esse cenário nada animador uma empresa de consultoria global de investimentos divulgou números nada animadores sobre a tendência de alta de combustíveis custarão às famílias americanas em 2022.

De acordo com uma pesquisa da Yardeni Research divulgada nessa segunda-feira,09, o aumento dos custos do petróleo sugere que as famílias americanas médias pagarão cerca de US$ 2.000 a mais somente pela gasolina em 2022.

“Além disso, estimamos que a família média americana está gastando atualmente pelo menos US$ 1.000 a mais por ano para comprar comida como resultado do rápido aumento dos preços dos supermercados”, escreveu Edward Yardeni, presidente da empresa, no LinkedIn. “São US$ 3.000 a menos de dinheiro que as famílias têm que gastar em outros bens e serviços de consumo, que também estão experimentando aumentos rápidos de preços.”

O preço médio de um galão de gasolina atingiu US $ 4,104 na segunda-feira, um novo recorde superando o recorde de 2008 de US $ 4.103, de acordo com a sondagem GasBuddy.

Os preços ao consumidor nos EUA subiram 7,5% em janeiro, o maior desde 1982, enquanto os itens como energia, mão de obra, e outros insumos de produção para as industrias e setores de serviços subiram em media 9,7% nesse mesmo período, o maior de todos os tempos.

Em média, as famílias americanas estão pagando cerca de US$ 385 a mais por mês pelos mesmo que pagava no ano passado, mas para algumas famílias, os custos são ainda podem ser mais altos de acordo um relatório do senador Mike Lee, R-Utah, membro do ‘Joint Economic Committee’.

“Há um risco de que a inflação permaneça por mais tempo do que o esperado, o fator de pressão vem em grande parte do mercado de trabalho. Mais de dois terços dos entrevistados da pesquisa citam o aumento dos salários como um fator de risco inflacionario”, disse David Altig, presidente da Associação Nacional de Economia Empresarial e vice-presidente executivo e diretor de pesquisa do Federal Reserve Bank of Atlanta, no mês passado.

O presidente Biden afirmou em seu discurso no Estado da União que sua agenda Build Back Better diminuiria a inflação.

Dor do consumidor

De acordo com uma pesquisa da Capital One, informa que um em cada quatro americanos não conseguiu pagar pelo menos uma conta no último mês, enquanto 62% disseram que reduziram os gastos de alguma forma.

“Os americanos em todos os níveis de renda estão sentindo o impacto da inflação, e a maioria das pessoas já está fazendo ajustes”, informa a pesquisa da Capital One .

Cerca de metade dos assalariados de baixa e média renda — que o Capital One define respectivamente como pessoas que ganham menos de US$ 25.000 em renda familiar e aqueles que ganham entre US$ 25.000 e US$ 100.000 — dizem que recentemente reduziram os gastos discricionários em compras, comer fora e entretenimento, segundo a pesquisa.

Preços mais altos podem corroer os orçamentos das famílias, a Consultoria Yardeni Research previu: “O aumento dos preços e das commodities provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia provavelmente reduzirá os gastos dos consumidores num momento em que eles têm que gastar muito mais com gasolina e alimentação”. 

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