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Keiko diz que ‘esquerda mundial’ atuou nas eleições peruanas

EFE A candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori disse no sábado (12) que afraude de mesa” e a “esquerda internacional” estão por trás do resultado das eleições que têm como virtual vencedor o candidato esquerdista Pedro Castillo, faltando a proclamação oficial por parte da JNE (Junta Nacional de Eleições).

Foi dessa forma que a candidata se expressou em reunião com a APEP (Associação Peruana de Imprensa Estrangeira), na qual avaliou as eleições do último dia 6, que deixaram Castillo com uma vantagem de cerca de 50 mil votos, e a tentativa de anulação de cerca de 200 mil votos promovida por seu partido na JNE para reverter esses resultados.

A candidata, acompanhada do seu candidato a vice-presidente Luis Galarreta e do assessor jurídico Miguel Torres, insistiu na tese que lançou na última segunda-feira, quando os resultados começaram a desenhar sua derrota nas urnas, da existência de uma “fraude na mesa” orquestrada pelo partido de Castillo, Peru Livre, para “violar o resultado eleitoral”.

INFILTRAÇÃO DA ESQUERDA
Neste contexto, Keiko Fujimori e seus assessores destacaram que este partidomarxista-leninista” teria se “infiltrado” nas mesas de votação para manipular o resultado, e que seu pedido de anulação desses 200 mil votos responde a uma medida para “conhecer a verdade” sobre o que aconteceu.

Tudo isso teria acontecido em um contexto que tinha o Peru como “novo epicentro de um confronto entre comunismo e economia livre, esquerda e centro-direita, estatismo e mercado livre, liberdade de imprensa e liberdade de expressão”.

Desta forma, o Peru seria hoje cenário de umabatalha” que não é uma escolha “entre Keiko Fujimori ou fujimorismo“, mas entre “comunismo e democracia“.

Em sua opinião, a participação da “esquerda internacional” nesta suposta fraude é vista na reação de vários países e lideranças políticas da esquerda latino-americana à votação.

A candidata não apresentou nenhuma prova confiável dessas denúncias, exceto por supostas irregularidades nas mesas de votação com as assinaturas dos responsáveis, que apresentou como “roubo de identidade” ou suposto vínculo familiar entre seus membros, o que é proibido por lei.

“A participação da esquerda internacional tem sido vista por enquanto quando estamos contando os votos e alguns membros como o presidente (Alberto) Fernández (da Argentina) proclamou Pedro Castillo como vencedor. O mesmo com vários membros ativos da esquerda latino-americana”, disse Keiko Fujimori.

Nenhuma das missões de observação eleitoral que visitou o país, incluindo a OEA (Organização dos Estados Americanos) e Uniore (União Interamericana de Organismos Eleitorais), encontrou irregularidades graves.

Na verdade, eles parabenizaram o Peru pelo bom desenvolvimento das eleições.

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