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Kamala Harris esta cada vez mais ausente do debate sobre imigração em meio ao drama do Título 42

JSNEWS – Em meio a um número recorde de tentativas de travessias na fronteira sul e o drama no tribunal sobre o destino da Medida Título 42, os críticos das politicas migratórias aplicadas pelo governo Biden dizem que uma pessoa tem estado constantemente ausente dos debates sobre imigração, que é justamente aquela que ele, Biden, encarregou de resolver o problema da imigração ilegal, que é a vice-presidente, Kamala Harris, embora ela tenha tentado tratar esse assunto no verão passado, visitando El Paso e alertando aos imigrantes que “não venham” durante uma viagem à Guatemala, nos últimos meses ela limitou essa discussão em reuniões fechadas e emitindo algumas  declarações públicas através de sua assessoria por escrito.

Vice-presidente Kamala Harris (Foto: ERIN SCHAFF / NYT)

Kamala deve ter sediado apenas um evento público em 2022 focado na imigração ilegal, além de ter feito uma viagem em 27 de janeiro a Honduras para participar da posse do presidente Xiomara Castro. Enquanto estava lá em Honduras, Kamala disse que seu foco nas “causas básicas” da imigração irregular não resolveria a crise da fronteira EUA-México “da noite para o dia”.

Mas para Mark Morgan, que liderou a Patrulha de Fronteira dos EUA nos últimos meses do governo Obama e durante o governo Trump, Kamala não fez o suficiente. “Kamala claramente tem um objetivo em mente – tornar-se presidente dos Estados Unidos. Mas, em vez de trabalhar para as mesmas pessoas que eventualmente a elegeriam, ela trabalhou contra eles, ignorando suas responsabilidades como gestora da crise na fronteira mexicana”, disse Morgan, que agora é membro da Federação para a Reforma da Imigração Americana e da Heritage Foundation.
“Uma verdadeira gestora de segurança de fronteiras deve ser uma líder que reconhece que a segurança da fronteira é a segurança nacional e que deve fornecer ao CBP os recursos que foram cortados por essa administração tomando-o incapaz de tomar as medidas necessárias para proteger as comunidades americanas de narcóticos letais além de não permitir que as decisões de política de segurança nas fronteiras não sejam guiadas por ativistas e ideólogos das fronteiras abertas”, disse Morgan jornal americano NY Post.

Os eventos que Kamala participou nos últimos seis meses sobre imigração ilegal foram focados em levar investimento do setor privado para a América Central para deter a imigração por motivos econômicos e não para restringir o fluxo de recém-chegados através da fronteira EUA-México.
Em 13 de dezembro, Kamala anunciou US$ 1,2 bilhão em investimentos do setor privado na América Central para reduzir a pobreza convocando empresas como a Pepsi, Cargill, Mastercard e outras grandes corporações dos EUA para ajudar a criar empregos na região. Mas desde esse vento de Dezembro do ano passado, a maioria de seus compromissos foram privados. Em 10 de janeiro, Kamala ligou para o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, e  mencionou que a a conversa com o presidente guatemalteco foi sobre “as causas básicas da migração, tráfico, desenvolvimento econômico e anticorrupção”.
Em 15 de abril, Kamala se reuniu em particular com Ray Chambers da Partnership for Central America e o tema da reunião foi: “O trabalho contínuo para abordar as causas básicas da migração da América Central”, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

E em 11 de maio, ela se reuniu em particular com líderes empresariais sobre a promessa de US$ 1,2 bilhão e “destacou os esforços do governo dos EUA para apoiar seus investimentos na região e abordar os impulsionadores da imigração, inclusive combatendo a corrupção e melhorando a governança e a segurança”, disse a Casa Branca.

Mas Kamala fez poucos pronunciamentos públicos, pois a iminente revogação da Medida Título 42 ameaça os estado fronteiriços a terem que lidar com uma onda de imigração que pode exceder a capacidade das autoridades americanas.

No ano fiscal de 2021, que terminou em 30 de setembro, houve cerca de 1,7 milhão de ‘encontros’ da Patrulha de Fronteira dos EUA com ‘suspeitos de cruzar fronteiras de modo ilegal’, o maior desde pelo menos 1986. Até agora, no ano fiscal de 2022, houve quase 1,3 milhão de encontros.

Os republicanos culpam as políticas de Biden por incentivar esse fluxo migratório.

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