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Irã nega que tenha que tenha derrubado avião ucraniano

O Irã negou na madrugada da sexta-feira, 10, que um de seus mísseis tenha derrubado um avião de uma companhia ucraniana na última quarta, em Teerã, causando a morte dos 176 ocupantes, e pediu ao Canadá que compartilhe os dados que o primeiro-ministro do país norte-americano, Justin Trudeau, disse que indicariam que a aeronave foi derrubada. Em comunicado, o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, classificou os relatórios que culpam o Irã pela queda do avião ao sul de Teerã como “falsos” e disse que eles fazem parte de “uma guerra psicológica” contra o país.

Já o Ministério de Relações Exteriores considerou que as declarações são “especulações suspeitas”. Depois de a imprensa americana ter noticiado, com base em fontes do Pentágono, que um míssil iraniano seria o responsável pela queda do avião, Trudeau concedeu entrevista coletiva na qual confirmou que o Canadá tem evidências de que isso de fato teria ocorrido.

No entanto, o premiê destacou que o incidente pode ter acontecido por um erro. O Canadá e outros países entraram em contato sobre o caso com o Irã, que pediu, por meio de comunicado do Ministério das Relações Exteriores, que essas informações sobre a queda do avião ucraniano sejam compartilhadas com o país.

“O Irã saúda a presença de especialistas dos países cujos cidadãos morreram no trágico acidente e solicita ao primeiro-ministro canadense e a qualquer outro governo com informações com esse tema que forneça esses dados ao comitê que investiga o acidente”, disse o porta-voz da diplomacia iraniana, Abbas Mousavi. Mousavi ainda afirmou que o Irã começou a investigar as causas do acidente aéreo respeitando as normas e os critérios da Organização Internacional de Avião Civil.

Ele também destacou que o governo iraniano convidou a Ucrânia, como país de origem da empresa dona do avião, e a companhia americana Boeing, como fabricante da aeronave, a participar dos trabalhos. O incidente matou as 176 pessoas que estavam a bordo do avião, que tinha como destino Kiev, na Ucrânia. Do total de vítimas, 63 eram canadenses.

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