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Idosos são deixados de fora dos discursos na ONU, líderes invocaram repetidamente mensagens destinadas aos jovens

JSNEWS (JCEditores) – Na semana passada, um após outro, os presidentes e primeiros-ministros do mundo vieram falar se seus países e destacar seus triunfos e manifestar seus desejos de uma sociedade que consideram a ideal. Problemas como a guerra, as mudanças climáticas e a desigualdades consumiram grande parte da Assembleia Geral das Nações Unidas, mas um dos maiores problemas que estão presentes em todas as sociedades foi esquecida mais uma vez, que é o crescimento histórico da população envelhecida do planeta.

“As pessoas mais velhas estão praticamente desaparecidas, invisíveis quando se fala do futuro”, disse Claudia Mahler, uma das poucas vozes na ONU dedicadas a estudar o envelhecimento da população mundial na Comissão de Direitos Humanos. “Todo mundo acha que o futuro é apenas algo para as pessoas mais jovens.”

Em todo o mundo as sociedades estão à espera de melhorias na saúde pública, avanços médicos e declínios na pobreza aumento da expectativa das vidas, essa crença num futuro prospero reforça a expectativa de um dia trabalhar com colegas experientes e ter famílias abençoadas com avós e bisavós.

Mas quando os líderes mundiais falaram à ONU na semana passada eles falavam das “novas gerações”, de “crianças” e de “juventude”. Eles decretaram que ouvir os jovens era “essencial” e garantir a educação desses jovens é um “dever sagradas”, já aqueles de mais idade parecia não importar porque não foi referido por esses líderes.

“Todos estão apenas focando na juventude”, disse Mahler, cujo título oficial da ONU é Especialista Independente dos direitos humanos das pessoas idosas. “As pessoas mais velhas não são barulhentas o suficiente e não há líderes suficientes que realmente se concentrem … Ninguém quer retomar o tema, mesmo que seja urgente”.

A população de pessoas com 60 anos ou acima aumentou nas últimas décadas, pairando em torno de 1 bilhão globalmente. A ONU projeta que esse número irá dobrar nas próximas três décadas.

À medida que os conflitos surgem, os mais vulneráveis são pegos em fogo cruzado, como na Ucrânia invadida pela Rússia. E à medida que as economias globais passam por dificuldades, são os idosos que primeiro sentem seu os efeitos da crise. E como as mudanças climáticas, a guerra, o crime organizado forçam as pessoas a saírem de suas casas de suas casas, são os mais velhos que são, muitas vezes, deixados para trás.

O COVID-19, cuja brutalidade sobre o velho era incomparável com os idosos, lançou alguns questionamentos sobre as políticas de cuidados de longas duração destinados aos idosos que se revelaram inadequados para manter o isolamento social.

“Embora os idosos estejam envolvidos nas questões cruciais do nosso tempo e muitas vezes enfrentem impactos desproporcionais, eles são muitas vezes deixados de fora”, disse Lauren Dunning, diretora do Centro para o Futuro do Envelhecimento do Instituto Milken. “O foco em uma geração sem a consideração de outras gerações impede o progresso de todos.”

O envelhecimento nem sempre esteve ausente dos procedimentos da ONU. Quarenta anos atrás, a Assembleia Geral convocou sua primeira Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento. Aquela assembleia produziu um plano de ação internacional e, nos anos seguintes, a ONU adotou vários princípios e proclamações sobre pessoas mais velhas e realizou uma segunda assembleia mundial em 2002.

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