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Famílias se preparam para mudanças na distribuição da merenda escolar gratuita nos USA

JSNEWS Antes da pandemia, não havia espaço no orçamento para os filhos de Kate Murphy comprarem o almoço na escola. Ela e o marido preparavam suas refeições em casa. Mas assim que as refeições escolares gratuitas foram disponibilizadas aos estudantes em todo o país durante a pandemia, a merenda escolar trouxe um alívio para os orçamentos domésticos, especialmente para aqueles que perderam seus emprego.

“Economizamos muito dinheiro, embora nãos estivéssemos qualificados para o programa de assistência e outros benefícios relacionados a alimentos, nunca tivemos o suficiente para realmente se sentir financeiramente confortável”, disse Murphy, mãe de quatro filhos e administradora de uma empresa de confiança, por e-mail.

A ajuda federal da era pandêmica que tornou a merenda escolar disponível gratuitamente para todos os alunos de escolas públicas – independentemente dos níveis de renda familiar, e esta acabando, levantando temores sobre os efeitos no próximo ano letivo para as famílias que já lutam contra o aumento dos custos de alimentos e combustíveis.

Para as famílias com seus orçamentos corroídos pela inflação e pelo fim de outras ajudas federais os cortes nos orçamentos podem colocar mais famílias nas filas dos bancos de alimentos.

“As famílias de todo o país estão enfrentando uma realidade muito difícil de ter que escolher entre alimentar seus filhos, encher o taque de gasolina ou comprar medicamentos”, disse Vince Hall, diretor de relações governamentais da Feeding America, uma rede sem fins lucrativos de bancos de alimentos.

Desde que renunciou ao requisito de elegibilidade durante a pandemia, o Departamento de Agricultura dos EUA, que supervisiona programas de alimentação escolar, viu o número de estudantes participantes aumentar.

Durante este último ano letivo, cerca de 30 milhões de crianças por dia estavam recebendo refeições gratuitas, em comparação com 20 milhões antes da pandemia, disse Cindy Long, administradora do Serviço de Nutrição e Alimentação do USDA.

Nas distribuições de refeições de verão, 1,3 bilhão de refeições e lanches foram entregues em todo o país no ano fiscal de 2020 a um custo de US$ 4,1 bilhões — um aumento de oito vezes em relação ao ano anterior em termos de refeições e custos, de acordo com o USDA.

Uma lei aprovada no Congresso na semana passada e assinada pelo presidente Joe Biden no sábado, visa manter as regras em torno dos programas de refeições de verão, como têm sido durante a pandemia em todas as comunidades em vez das localidades onde há uma alta concentração de crianças de baixa renda.

Estados como a Califórnia e o Maine tornaram as refeições universais e permanentes no ano passado e em Vermont continua a distribuir refeições gratuitas para todos os alunos de escolas públicas por mais um ano usando o financiamento do ensino público.

Em Massachusetts, os legisladores da Câmara incluíram US$ 110 milhões no orçamento para estender a alimentação escolar universal por mais um ano.

No Colorado, o Legislativo aprovou uma lei para perguntar aos eleitores em novembro se financiará café da manhã universal gratuito e almoço nas escolas.

“Não só as refeições universais gratuitas dão nutrição às crianças para que elas possam aprender, mas também fornecem alguma confiabilidade para crianças e famílias durante o que ainda é um momento desafiador”, disse a representante do estado de Vermont, Karen Dolan. “Também remove o estigma de ser um garoto de almoço gratuito ou com preços reduzidos e o constrangimento das famílias que não podem pagar as contas do almoço de seus filhos”.

Mas alguns funcionários se preocupam em pagar refeições para crianças de famílias que poderiam facilmente pagá-las.

O governador republicano de Vermont, Phil Scott, apoia ajudar os necessitados, mas “não apoiará a imposição desses impostos, o que afetaria desproporcionalmente as pessoas que estamos tentando ajudar, a fim de financiar refeições para crianças de famílias ricas”, disse o porta-voz Jason Maulucci.

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