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Ex-policial que matou jovem negro após confundir arma de choque com pistola é condenada a dois anos de prisão nos EUA

JSNEWS – A ex-policial Kim Potter, que matou o jovem negro Daunte Wright, de 20 anos em Minneapolis, no estado americano de Minnesota, foi condenada a dois anos de prisão nesta sexta-feira. O crime ocorreu em abril de 2021 durante uma blitz, quando a agente que já trabalhava há 26 anos na polícia confundiu uma arma de choque com uma pistola e atirou no rapaz. O caso que gerou revolta e protestos ocorreu próximo do local onde George Floyd foi morto por sufocamento, em maio de 2020, também durante uma ação policial.

A família de Wright criticou a sentença, defendendo que a pena deveria ter sido mais severa, de pelo menos 15 anos na prisão. A mãe do jovem, Katie, disse que “o sistema judiciário o assassinou novamente” após a sentença. Ainda no tribunal, afirmou que nunca poderia perdoar Potter e ressaltou que a ex-policial jamais pronunciou o nome do filho dela durante o julgamento.

“Ela se referiu a Daunte repetidamente como ‘o motorista’, como se matá-lo já não fosse suficiente para desumanizá-lo”, disse Katie, emocionada.

Potter dirigiu-se à família Wright no tribunal antes de sua sentença ser proferida:

“Você disse que eu não olhei para você durante o julgamento. Eu não acredito que eu tenho direito. Eu nem sequer tinha o direito de estar na mesma sala com você. Eu sinto muito por ter te machucado tanto e meu coração está devastado por todos vocês”.

Relembre o caso
Um vídeo da câmera de um dos agentes que trabalha com Potter mostrou os policiais puxando o jovem de 20 anos para fora de seu carro depois de pará-lo por uma infração de trânsito. Enquanto Wright luta com a polícia, a agente grita “taser, taser” — os policiais são orientados a gritar que estão disparando o choque antes. Em seguida, ela grita “meu Deus, eu atirei nele”, enquanto o jovem ferido se afasta.

A polícia disse que Wright foi parado por estar dirigindo um carro com a documentação vencida. Na época, a mãe do jovem informou a jornalistas que seu filho ligou para ela quando foi parado pela polícia dizendo que sua infração era estar usando desodorizadores de ar pendurados no retrovisor — o que é proibido no estado. Ela afirmou que pôde ouvir a policial dizendo para seu filho sair do veículo.

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