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Estudante palestino é barrado no Aeroporto de Boston por mensagem recebida pelo WhatsApp

Da Redação – De acordo com informações do TechCrunch, turistas estão sendo cada vez mais impedidos de entrar nos Estados Unidos, com oficiais da fronteira responsabilizando estrangeiros por conteúdos em aplicativos e redes sociais. Segundo a reportagem, turistas, estudantes e trabalhadores estariam tendo seus vistos negados até mesmo por conta de mensagens, imagens e vídeos enviados ou publicados por seus amigos.

O caso mais recente, que está gerando polêmica em todo o mundo, é o de Ismail Ajjawi, de 17 anos. O garoto, aprovado para iniciar os estudos em Harvard, foi impedido de entrar nos EUA por oficiais do Aeroporto Internacional de Logan, em Boston, após várias horas de interrogatório.

Ismail, cidadão palestino que reside no Líbano, foi questionado sobre suas práticas religiosas. Depois, os policiais vasculharam seu smartphone e computador e consideraram as publicações dos amigos do rapaz inadequadas para quem desejasse entrar nos Estados Unidos. De acordo com o estudante, as autoridades norte-americanas alegaram que ele tem um amigo que teria enviado via WatsApp uma imagem que foi considerada contras os Estados Unidos. O jovem teve, então, seu visto cancelado e acabou sendo deportado.

Para defensores de direitos civis ja se pronunciou em outras ocasiões sobre fatos semelhantes e considera que a política de imigração baseadas em mídias sociais é perigosa e que essa politica de vigilância digital não deve ser continuada.

Ao que tudo indica, a entrada negada do estudante não foi um caso isolado. Abed Ayoub, diretor jurídico e de políticas do Comitê Anti-Discriminatório Americano-Árabe, disse que as buscas em dispositivos e as subsequentes recusas de entrada no país se tornaram comuns, principalmente entre imigrantes árabes e muçulmanos.

Somente em 2018 cerca 30.000 dispositivos digitais, telefones, computadores foram vasculhados e para complicar as coisas, a administração Trump, em junho, começou a exigir que os estrangeiros que solicitam vistos para os EUA divulguem suas alças e perfis de mídias sociais.

Ayoub declarou que atende clientes que foram rejeitados, por exemplo, por conteúdos encontrados entre as suas mensagens de WhatsApp. Em um tweet, Ayoub postou uma foto de um formulário de deportação de um dos seus clientes – também um estudante – a quem foi negada a entrada por causa de uma imagem que ele recebeu em um grupo do WhatsApp. O funcionário da fronteira escreveu que, como resultado da busca no dispositivo, o aluno era considerado “inadmissível” para os EUA. O estudante estava a apenas dois semestres de se formar em medicina.

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