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Estados Unidos acusam China de imperialismo no Sudeste Asiático

AP – Os Estados Unidos acusaram a China de imperialismo por intimidar países vizinhos para se apropriar de suas riquezas numa clara referência à ao disputa territorial do Mar do Sul da China que Pequim mantém com vários países da região. De acordos com o assessor do Presidente Trump,  Robert O’Brien, Pequim teria usado da intimidação para impedir que os países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) explorassem os seus recursos naturais e ressaltou que a região (o sudeste asiático) não tem interesse em regressar à era imperial, a declaração foi feita por O’Brien durante uma conferencia que reúne reopresentantes da  ASEAN em Bangcoc, capital da Tailândia.

A ausência do Presidente norte-americano na capital tailandesa deu o protagonismo desta reunião à China, representada como é habitual pelo seu primeiro-ministro, Li Keqiang, empenhado em aumentar a influência chinesa na região.

Para o substituir, Trump enviou uma delegação liderada pelo Secretário do Comércio, Wilbur Ross, e o assistente do Presidente em temas de segurança nacional, Robert O’Brien.

A China reivindica todo o Mar do Sul da China, contrariando os interesses dos países vizinhos e nos últimos anos construiu sete recifes em ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares. As novas ilhas ficam próximas de outras já construídas  no mar territorial do Vietnã, Filipinas e Taiwan. Malásia e Brunei são outros dos territórios que disputam a jurisdição sobre ilhas e recifes que a China reivindicou posse.

Na ausência do Presidente dos EUA, Donald Trump, O’Brien leu uma declaração do chefe de Estado, na qual destacou que os EUA e os países do bloco regional “compartilham os mesmos valores” e convidou os seus líderes a visitarem os EUA para uma reunião, a ser realizada no primeiro trimestre do próximo ano.

Com a ausência de Trump e com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na cimeira da ASEAN, o gigante asiático, o maior parceiro comercial da região, adquiriu um papel maior face aos EUA, numa altura em que ambas as superpotências estão envolvidas numa disputa comercial.

Além dos países-membros da ASEAN (Malásia, Indonésia, Brunei, Vietname, Camboja, Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia e Filipinas) e da China, o acordo inclui ainda a Índia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, que, juntos, representam aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e quase metade da população do planeta.

A RCEP nasceu como a resposta de Pequim ao Acordo Transpacífico de Cooperação Económica (TPP), apoiado ao princípio por Washington, mas rejeitado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu retirar o país do TPP, pouco depois de ter assumido o cargo em 2017.

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