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Estados entram na Justiça para manter alunos estrangeiros nos USA que frequenta apenas aulas virtuais

COM R7 – Um grupo formado por 17 estados norte-americanos e o Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington, entrou na Justiça nesta segunda-feira (13) contra uma decisão da ICE, a agência de imigração dos EUA e do governo Donald Trump, emitida há uma semana, que ameaça a permanência de estudantes estrangeiros no país.

Segundo o comunicado da ICE, estudantes de cursos cujos conteúdos serão dados inteiramente online no próximo semestre, que começa em setembro, terão de ir embora dos EUA ou se transferir para cursos presenciais, sob pena de serem presos ou deportados. A medida pode afetar mais de 1 milhão de alunos.

Na ação, os estados alegam que a decisão do governo Trump foi tomada sem aviso e sem nenhum tipo de discussão, e que jogaria fora meses de planejamento por parte das instituições.

“O governo nem ao menos tentou explicar a base dessa decisão sem sentido”, disse a procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, em um comunicado à imprensa. “Ela força as escolas a escolher entre manter seus alunos estrangeiros matriculados ou proteger a saúde se segurança de seus campi”.

Para os autores da ação, a manobra da ICE foi uma maneira encontrada pelo governo federal para forçar a reabertura das universidades, fechadas durante a pandemia do novo coronavírus e atende à agenda anti-imigratória de Trump.

Ações coletivas e individuais
Além de Massachusetts e da capital, participam da ação os estados de Colorado, Connecticut, Delaware, Illinois, Maryland, Michigan, Minnesota, Nevada, New Jersey, Novo México, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Vermont, Virginia e Wisconsin.

Juntos, esses estados possuem 1.124 universidades, onde 373 mil estudantes estrangeiros estavam matriculados em 2019, segundo o New York Times. De acordo com a ação, esses alunos trouxeram cerca de US$ 14 bilhões (cerca de R$ 75 bilhões) às economias locais.

Na semana passada, após o comunicado da ICE, a Califórnia já havia entrado com uma ação para impedir que a medida fosse colocada em prática. Nesta terça-feira (14), acontecem as primeiras audiências de processos individuais movidos pela Universidade de Harvard e pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), duas das principais instituições do país.

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