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Em discurso ao Congresso dos EUA, Zelensky pede sistemas de defesa e aviões

Da Redação – Em discurso dirigido ao Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira (16), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs a criação de uma nova aliança internacional de resposta a guerras e voltou a apelar para que os EUA e aliados decretem uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.

“As guerras do passado fizeram com que nossos antepassados criassem instituições, mas precisamos de novas alianças”, declarou o ucraniano, dirigindo-se ao Congresso virtualmente com a ajuda de um tradutor.

Ele propôs um molde de “união de países que tenham força e consciência de interromper conflitos imediatamente, trazendo assistência em 24 horas com armas, com sanções, com apoio político e financeiro, para estabilizar a paz rapidamente”.

“Essa união poderia dar assistência àqueles que vivem desastres naturais”, disse, e citou a pandemia de Covid-19 como um exemplo de mobilização com a qual tal aliança poderia se empenhar.

Ao falar sobre os ataques da Rússia que infligem cidadãos ucranianos, o presidente pediu aos legisladores que se lembrassem dos ataques de Pearl Harbor, na Segunda Guerra Mundial, e do atentado do 11 de Setembro em 2001 ao considerar seu pedido de ajuda.

“Assim como ninguém mais esperava, vocês não podiam impedir. Nosso país está passando pela mesma coisa todos os dias, nesse momento, todas as noites. A Rússia tem atacado nossos céus, trazido a morte para milhares de pessoas. É muito pedir por uma zona de exclusão aérea? Assim, a Rússia não aterrorizaria nossos cidadãos”, declarou Zelensky.

O presidente afirmou que seu país está “na pior guerra desde a Segunda Guerra Mundial”.

“Neste momento, o destino de nosso país está sendo decidido. O destino de nosso povo, se os ucranianos serão livres, se serão capazes de preservar sua democracia. A Rússia atacou não apenas nós, não apenas nossa terra, não apenas nossa cidades, foi uma ofensiva brutal contra nossos valores, valores humanos básicos”.

Mais sanções
Volodymyr Zelensky pediu aos Estados Unidos que “façam mais” durante o que é “o momento mais sombrio” para seu país.

“No momento mais sombrio para nosso país, para toda a Europa, peço que você faça mais. Novos pacotes de sanções são necessários, constantemente, todas as semanas até que a máquina militar russa pare. Restrições são necessárias para todos a quem esse regime injusto é baseado”, disse.

Zelensky afirmou também que os EUA devem impor sanções a todos os políticos russos “que permanecem em seus escritórios e não cortam laços com aqueles que são contra a Ucrânia”.

No fim de seu discurso, o presidente ucraniano exibiu um vídeo com imagens de antes e depois da Ucrânia, mostrando cenas de bombardeios a prédios civis e resgate de pessoas feridas após os ataques russos.

Em inglês, finalizou dirigindo-se ao presidente dos EUA, Joe Biden, pedindo que ele fosse um “líder para a paz” global.

“Não vejo sentido na vida se ela não puder impedir as mortes. E esta é minha principal questão como líder da minha nação. Estou me dirigindo ao presidente Biden: você é o líder da nação, de sua grande nação. Desejo que você seja o líder do mundo. Ser o líder do mundo significa ser o líder da paz”, concluiu.

Ajuda militar
As declarações de Zelensky ocorrem um dia após presidente Joe Biden sancionar um projeto de lei de gastos maciços, que inclui mais de US$ 13 bilhões em ajuda à Ucrânia.

Nesta quarta, uma autoridade dos EUA afirmou que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) acertaram o envio de novos sistemas de defesa aéreo à Ucrânia. De acordo com um alto funcionário dos EUA, esses sistemas adicionais incluem os sistemas móveis de defesa aérea SA-8, SA-10, SA-12 e SA-14, da era soviética.

O líder ucraniano pressionou as autoridades americanas para ajudar a intermediar a transferência de armamento de fabricação soviética para seu país, incluindo caças MiG e sistemas de mísseis terra-ar S-300.

O governo Biden até agora não ajudou a fornecer esses sistemas de armas. Autoridades dos EUA e outros aliados continuam temendo que a Rússia possa perceber essa transferência de armas como uma escalada nas hostilidades.

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