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Imigrantes detidos denunciam condições insalubres em centro de detenção após a passagem do furacão Laura no estado da Louisiana

EFE – Imigrantes detidos em dois centros de detenção do ICE no estado da Louisiana denunciaram neste domingo as condições insalubres que sofrem após a passagem do furacão Laura, o que aumenta o risco de um surto de coronavírus nessas instalações.

De acordo com parentes dos detidos, desde a passagem de Laura no Jackson Parish Correctional Center, na Louisiana, eles não têm água e luz.

Além disso, eles dizem que as instalações estavam “inundadas de urina e fezes”, não há comida limpa e, devido à falta de energia eléctrica, o ar condicionado não funciona e não podem dormir dentro dos recintos, com “pouca ventilação”, forçando-os a “dormir sem cuecas”.
O furacão atingiu o continente na última quinta-feira na costa da Louisiana com ventos de categoria 4 (de até 250 km/h), também deixando inundações significativas.

Covid-19
Um imigrante vindo de Honduras e que estava sob custódia do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) morreu no Texas devido ao coronavírus, informou o BuzzFeed neste domingo (30).

O hondurenho de 50 anos foi hospitalizado no Texas após teste positivo para covid-19 e morreu de complicações respiratórias devido à pandemia, de acordo com uma fonte próxima.

Com este caso, seis reclusos dos centros de internação do ICE morreram por causa da covid-19.

O hondurenho estava detido no Centro de Processamento Joe Corley em Conroe (Texas), onde cinquenta detidos testaram positivo para coronavírus desde o início da pandemia, embora apenas um deles estivesse sob vigilância ou isolamento.No total, 19 presidiários morreram enquanto estavam sob custódia do ICE desde outubro de 2019, de acordo com a contagem do BuzzFeed.

O primeiro recluso do ICE a morrer devido a covid-19 foi o salvadorenho Carlos Ernesto Escobar Mejía, 57, que estava sob custódia do órgão federal em San Diego, e o segundo foi o guatemalteco Santiago Baten Oxlaj, 34, que estava detido no Centro de Detenção Stewart, na Geórgia do Sul.

Desde o início da pandemia, ativistas e grupos de direitos civis alertaram sobre o perigo enfrentado pelos detidos, que em sua maioria não cometeram nenhum crime violento, e pediram ao ICE que os libertasse.

O órgão federal vem reduzindo a ocupação dos centros de detenção, seja por motivos médicos ou por ordens judiciais. Na sexta-feira (29) haviam 20.066 internos, quando a média diária em 2019 era de 50.165 imigrantes.

Segundo os dados mais recentes do ICE, foram realizados mais de 26 mil testes de coronavírus entre os presidiários, dos quais 5.300 tiveram resultados positivos, incluindo 830 casos que ainda estão ativos.

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