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Cinco policiais são baleados em protestos que pedem fim da violência e do racismo nos Estados Unidos

COM FOLHAPRESS & REUTERS

Ao menos cinco policiais norte-americanos foram baleados durante os protestos que tomaram conta das principiais cidades dos Estados Unidos, os manifestantes pedem o fim da violência policial e do racismo após a morte de George Floyd um homem negro de 46 anos que foi asfixiado em 25 de maio por um policial branco em Minneapolis.  Floyd estava sob custódia da polícia e desde então uma onda de manifestações pacíficas em sua maioria, resultaram em distúrbios generalizados culminando em saques e atos de vandalismos.

Na segunda-feira, 01/06, o presidente Donald Trump prometeu restaurar a ordem e ameaçou os estados com a mobilização dos militares. Em tom firme, pediu que os governadores e prefeitos usem as forças da Guarda Nacional em número suficiente para conter as ruas.  “Prefeitos e governadores precisam estabelecer uma presença contundente das forças da lei até a violência ser contida. Se uma cidade ou Estado se recusar a adotar as ações que são necessárias para defender a vida e a propriedade de seus moradores, mobilizarei os militares dos Estados Unidos e resolverei o problema para eles rapidamente”, disse Trump.

Manifestantes incendiaram uma rua comercial de Los Angeles, saquearam lojas na cidade de Nova York e se chocaram com a polícia em St Louis, no Missouri, onde quatro policiais foram hospitalizados com ferimentos não letais.

“Policiais ainda estão recebendo tiros no centro, e compartilharemos mais informações assim que ficarem disponíveis”, disse a polícia de St Louis no Twitter.
Um policial também foi baleado durante protestos na área da avenida Las Vegas Strip, relatou a agência de notícias AP citando a própria polícia. Outro agente se “envolveu em uma troca de tiros” na mesma área, disse a agência sem dar detalhes da troca de tiros ou da condição do agente. A polícia não quis falar à Reuters.

O governador de Nevada, Steve Sisolak, disse em um tuíte que seu escritório foi notificado sobre dois incidentes diferentes em Las Vegas. “O Estado está em contato com as forças da lei locais e continua a monitorar a situação”, disse.

Trump criticou o assassinato de George Floyd, afro-norte-americano de 46 anos que morreu depois que um policial o conteve apoiando um joelho em seu pescoço durante quase nove minutos em Mineápolis e prometeu justiça.

Mas como as marchas e as manifestações contra a brutalidade policial se tornaram violentas ao anoitecer em todos os dias da semana passada, ele disse que protestos legítimos não podem ser suplantados por uma “multidão raivosa“.

Uma segunda autópsia solicitada pela família de Floyd e divulgada na segunda-feira revelou que sua morte foi um homicídio causado por “asfixia mecânica“, ou força física que interferiu com seu suprimento de oxigênio, e diz que três policiais contribuíram para sua morte.

Madrugada de violência e saques em NY

Pouco depois das 23h (0h em Brasília), quando o toque de recolher entrou em vigor em Nova York, mais de cem pessoas se reuniram de maneira calma diante do Barclays Center, no Brooklyn, e se ajoelharam para homenagear as vítimas da violência dos últimos dias. Os policiais observaram à distância. Ao longo da noite, houve saques em vários comércios de Manhattan, em lojas de marcas como Nike, Michael Kors e Lego e outras de aparelhos eletrônicos. As portas da Macy’s, perto de Times Square, foram arrombadas.

Um sargento que tentava conter um ataque a uma loja foi atropelado, aparentemente de forma intencional. Ele está no hospital em estado grave.
Mais de 200 pessoas foram presas em Nova York. O prefeito Bill de Blasio (Democrata) anunciou que o toque de recolher na cidade será antecipado para 20h (21h em Brasília). “Apoiamos os protestos pacíficos, mas agora é o momento de voltar para casa. Há pessoas que estão nas ruas esta noite não para protestar, e sim para destruir propriedades e provocar danos a outros. Estas pessoas estão sendo detidas, suas ações são inaceitáveis”, afirmou Blasio.

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