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Biden anuncia proposta para saúde e educação de US$ 1,8 trilhão financiados com a alta de impostos

JSNEWS – O governo dos Estados Unidos divulgou, na manhã desta quarta-feira, 28, uma proposta de US$ 1,8 trilhão em investimentos em áreas como educação, saúde e cuidados infantis. Batizado de “Plano das Famílias Americanas”, o pacote seria financiado, em parte, pelo aumento na carga tributária dos mais ricos, incluindo alta do imposto sobre de ganhos de capital a 39,6%.

Em comunicado, a Casa Branca revelou que o projeto consiste em US$ 1 trilhão em gastos distribuídos na próxima década e US$ 800 bilhões em cortes de impostos para a classe trabalhadora.

Entre outros pontos, o texto prevê acesso universal à pré-escola e dois anos de ensino superior gratuito a todos os americanos, inclusive a jovens imigrantes. O programa também estabeleceria licença paga a trabalhadores que precisem se ausentar para cuidar de familiares, além de mobilizar recursos para o combate à insegurança alimentar.

A ideia da administração do presidente Joe Biden é realizar mudanças no código tributário para ajudar a pagar o plano. No total, o nível de impostos aos mais ricos poderia chegar a 43,8%. Haveria ainda o estabelecimento de um imposto fixo de 3,8% para todos os americanos que ganhem mais de US$ 400 mil por ano. Biden tem garantido que os contribuintes em faixa de renda inferior a isso não pagarão mais impostos.

O projeto é parte dos esforços dos democratas para revitalizar a maior economia do planeta com foco em investimentos públicos. Em março, o presidente americano sancionou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão e divulgou um outro plano de US$ 2 trilhões em investimentos à infraestrutura, que ainda precisa do aval do Congresso.

Quais são as iniciativas?

  • O governo de Joe Biden quer US$ 200 bilhões (R$ 1.090) para garantir que todas as crianças de 3 e 4 anos estejam em creches. A projeção é que cerca de 5 milhões de crianças se beneficiem com isso, e que, em média, cada família poupe US$ 13 mil (R$ 70,8 mil)
  • Universidade gratuita durante dois anos para todos —inclusive para filhos de imigrantes. Isso tem um custo estimado de US$ 109 bilhões (R$ 594 bilhões)
  • Aumento de uma bolsa para alunos pobres, que passaria a ser de US$ 1.400 (R$ 7.630)
  • Uma verba de US$ 46 bilhões (R$ 250 bilhões) destinada a universidades históricas ligadas às comunidades afrodescendentes e nativo-americanos
  • Bolsas de estudo e treinamento para professores no valor de US$ 9 bilhões (R$ 49 bilhões)
  • Subsídios a assistentes sociais que atendem crianças no valor de US$ 225 bilhões (R$ 1,2 trilhão)
  • Um programa nacional para licença médica no valor de US$ 225 bilhões (R$ 1,2 trilhão). Os trabalhadores teriam uma licença médica de US$ 4.000 por mês (R$ 21,8 mil)
  • Uma verba de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão) para reduzir, temporariamente, o valor do prêmio de seguros dos planos mais simples
  • Estender, até 2025, as isenções de imposto por criança. Cada criança entre as idades de 6 a 17 implicariam um retorno de US$ 3.000 no imposto (R$ 16.350).

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