Brasil Mundo

Barroso diz que “democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”

JSNEWS (COM G1 – O DIA – FOLHAPRESS) – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, na manhã desta quinta-feira, 9, que “a democracia só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”. Durante o seu pronunciamento na sessão plenária desta manhã, Barroso rebateu os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações realizadas no dia 7 de setembro.
“Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo. A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. O que nos une na diferença é o respeito à constituição, aos valores comuns que compartilhamos e que estão nela inscritos. Só não tem lugar para quem pretenda destruí-la”, ressaltou o ministro.

O presidente do TSE respondeu objetivamente às acusações feitas à Justiça Eleitoral e, na oportunidade, afirmou que o debate público permanente e de qualidade é o que permite que todos os cidadãos recebam informações corretas, formem sua opinião e apresentem seus argumentos. “O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser: ‘conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará'”, destacou.

Em relação às críticas feitas pelo chefe do Executivo à segurança do sistema eleitoral, Barroso detalhou, novamente, todas as fases de transparência, segurança e auditabildiade da urna eletrônica. Ele disse que “o sistema é certamente inseguro para quem acha que o único resultado possível é a própria vitória”. E acrescentou: “Para maus perdedores, não há remédio na farmacologia jurídica”.

Ele ainda reafirmou que as eleições brasileiras são totalmente limpas, democráticas e auditáveis. O ministro lembrou, mais uma vez, que nunca se documentou fraude e que por esse sistema foram eleitos para a Presidência da República: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.

Depois de quase três anos de campanha diuturna e insidiosa contra as urnas eletrônicas, por parte de ninguém menos do que o presidente da República, uma minoria de eleitores passou a ter dúvida sobre a segurança do processo eleitoral. Dúvida criada artificialmente por uma máquina governamental de propaganda. Assim que pararem de circular as mentiras, as dúvidas se dissiparão”, afirmou.

Na avaliação do presidente do TSE, as afirmações sobre supostas fraudes eleitorais são retóricas vazias. “Hoje em dia, salvo os fanáticos (que são cegos pelo radicalismo) e os mercenários (que são cegos pela monetização da mentira), todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, disse.

Por fim, Barroso destacou que “insulto não é argumento e ofensa não é coragem”. O ministro completou, dizendo que “a falta de compostura nos envergonha perante o mundo”. Além disso, segundo ele, o Brasil sofre, atualmente, uma desvalorização global. “Não é só o real que está desvalorizando. Somos vítima de chacota e de desprezo mundial”.
Ele completou: “Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que a alta do dólar, do que a queda da bolsa, do que desmatamento da Amazônia, do número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos. Mas pior de tudo. A falta de compostura nos diminui perante nós mesmos. Não podemos permitir a distribuição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo”, enfatizou Barroso.

“Com a bênção de Deus – o Deus do bem, do amor e do respeito ao próximo – e a proteção das instituições, um presidente eleito democraticamente pelo voto popular tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023”, finalizou.

Deixe um comentário

WordPress Ads