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Aumenta o numero de famílias que recorrem aos bancos de alimentos devido a alta da inflação nos Estados Unidos

JSNEWS – Kendall Nunamaker e sua família de cinco pessoas em Kennewick, no estado americano de Washington, estão enfrentando uma matemática impossível: Como pagar gasolina, comida e a hipoteca com a inflação elevando os preços?

Como muitas outras famílias trabalhadoras eles estão lutando contra uma inflação de 8,3% no índice de preços ao consumidor em abril anunciado quarta-feira, 11, uma leve baixa em relação ao mês de março, que foi o maior aumento ano a ano desde 1981, de acordo com o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

O preço médio nacional da gasolina atingiu um recorde nessa quarta-feira, U$ 4,40 por galão. Os preços globais dos alimentos estão subindo após a escassez causada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia e outros problemas da cadeia de suprimentos. Os bancos de alimentos nos Estados Unidos dizem que essas condições econômicas estão intensificando a demanda por alimentos em um momento em que os custos de mão-de-obra e a distribuição estão subindo e as doações estão diminuindo. O problema cresceu a tal ponto, que na semana passada, o presidente Joe Biden convocou uma conferência sobre fome, nutrição e saúde para setembro deste ano, a primeira desde 1969.

Para muitas famílias americanas a insegurança alimentar tornou-se não só uma surpresa dolorosa, mas um drama continuo

A pandemia forçou cerca de 60 milhões de americanos a procurar ajuda contra a insegurança alimentar, de acordo com a Feeding America. Mas no final de 2021, com o aumento das contratações, a demanda por bancos de alimentos voltou aos níveis regulares. Mas o alívio durou pouco.

“Nos últimos meses, com esse aumento das pressões inflacionárias, estamos vendo 95% dos nossos 200 bancos de alimentos membros dizendo que viram nivelamento ou um aumento na necessidade”, disse Claire Babineaux-Fontenot, CEO da Feeding America.

Na região de Kennewick, o número de pessoas que procuram ajuda alimentar nos centros comunitários saltou 40% entre dezembro e março, de acordo com Eric Williams, diretor da Second Harvest, uma organização que trabalha com bancos de alimentos.

Por causa da inflação e da redução da ajuda, um outro banco de alimentos que atende três condados em Ohio, também da Second Harvest, está enfrentando uma queda na quantidade de alimentos que recebe para atender as demandas. “Em comparação com o ano passado, nesta época, estamos cerca de 50% abaixo do que recebemos em doações federais de alimentos e, em seguida, cerca de 20% abaixo dos alimentos doados  pelos supermercados”, disse a diretora executiva Tyra Jackson.

O drama das famílias estão sendo agravadas pelo fato de que os benefícios governamentais que foram aumentados durante a pandemia, como vale-alimentação ou seguro-desemprego, foram interrompidos ou terminarão em breve.

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