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Após ameaças de tarifas sobre exportações, EUA e México discutem ações para imigração

COM AGENCIAS – O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard , afirmou ter saído “satisfeito” de uma reunião considerada crucial com representantes do governo americano sobre a crise migratória na América Central. Sem dar detalhes, o diplomata afirmou que o encontro, do qual também participaram o secretário de Estado, Mike Pompeo, e um dos principais conselheiros de política externa da Casa Branca, Jared Kushner, foi “ positivo ”. Nenhuma medida concreta, no entanto, foi anunciada.

Após a ameaça do presidente americano, Donald Trump , de aplicar tarifas sobre as exportações mexicanas caso o governo do país vizinho não agisse para conter a onda de imigrantes tentando entrar nos EUA, os dois lados concordaram em adotar uma série de medidas, que seriam revisadas após 90 dias , no caso, nesta terça-feira.

Antes do encontro, Ebrard afirmou que uma de suas prioridades seria cobrar Washington para que combatesse o tráfico ilegal de armas através da fronteira. O armamento vem dos EUA e acaba nas mãos das organizações criminosas no México e em outros países da América Central. Uma das principais causas da crise migratória é justamente a violência provocada pelas gangues e cartéis do tráfico de drogas.

Por sua vez, o governo americano queria comprovar resultados das ações mexicanas, anunciadas nos últimos meses pelo presidente Andrés Manuel López Obrador , como o aumento no número de forças de segurança em áreas de fronteira.

No começo do mês, Trump chegou a elogiar o México e outros países da região por terem ajudado a reduzir em 60% o número de prisões de pessoas que tentavam entrar em solo americano sem permissão. O tema é crucial para o presidente, que foi eleito com a promessa de atacar a imigração irregular, inclusive com a construção de um muro, e buscará a reeleição no ano que vem. Porém, segundo o chanceler mexicano, novas medidas não devem ser adotadas tão cedo. Ele ainda reiterou que o México não aceitará ser um “ terceiro país seguro ”, isto é, acolher os migrantes em grande parte provenientes da América Central que pedem asilo nos EUA e que tem sido uma das principais demandas do governo americano nas negociações.

Por fim, Marcelo Ebrard afirmou que o tema das tarifas, na prática a razão do encontro ter ocorrido nesta terça-feira, não foi levantado pelas delegações na Casa Branca.

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